ANÁLISE DOS EFEITOS DO TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE

Autores

  • Fabio Correia Lima Nepomuceno FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
  • Juliane Maury Pereira Lucena FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
  • Ivaldo Menezes de Melo Junior FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
  • Márcia de Oliveira Delgado FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA
  • Rachel Cavalcanti Fonseca FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma síndrome metabólica decorrente de uma perda progressiva da capacidade excretória renal, a qual associada ao tratamento por hemodiálise causam restrições e prejuízos nos estados de saúde física, mental, funcional, bem-estar geral, interação social e satisfação de pacientes, o que justifica a temática. Diante do exposto questiona-se: Será que o treinamento muscular respiratório através do threshold IMT melhorará a força da musculatura respiratória em pacientes com Insuficiência Renal Crônica submetidos a hemodiálise?. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos do treinamento muscular respiratório com threshold IMT na capacidade pulmonar dos pacientes acometidos por Insuficiência Renal Crônica submetidos a hemodiálise. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem quantitativa dos dados, que contou com a participação de 07 pacientes atendidos pelo Serviço Nefrológico Fiúza Chaves (NEFRUZA), que apresentem PiMáxigual ou inferior a -80 cmH20, no sexo feminino, e igual ou inferior a -100 cmH2O, no sexo masculino, durante a avaliação. RESULTADO: Para admissão dos pacientes, foi realizada uma avaliação fisioterapêutica penumofuncional, utilizando a Ventilometria e Manovacuômetria, sendo reavaliados após completar 15 sessões. O protocolo de exercícios terapêuticos foi realizado por meio do incentivador respiratório Threshold IMT, com carga de 30% da Pimáx nas cinco primeiras sessões, progredindo para 40% da Pimáx nas cinco sessões seguintes, finalizando o protocolo com 50% da Pimáx nas últimas sessões, sendo realizadas quatro séries com dez repetições (4x10), tendo uma média de duração de 30 minutos por sessão. A idade média dos pacientes foi de 43 anos (±15,8), submetidos a tratamento hemodialítico por uma média de 59,9 meses (±49,1). Apresentam como diagnósticos associados a hipertensão arterial sistêmica (57,1%), e o Diabetes Mellitus (28,6%), e expansibilidade torácica comprometida em 57,1% (n=4) dos avaliados. Foram aferidos a PA, FC e FR, sendo observado um aumento nas médias das variáveis PAS (142,37±18,98mmHg e 143,24±20,28mmHg), PAD (90,67±8,88mmHg e 91,43±8,82mmHg) e FC (82,19±7,71bpm e 83,24±6,40bpm), respectivamente antes e após a aplicação do protocolo, tendo a FR (15,01±0,50irpm e 13,70±0,59irpm) apresentada redução após a realização do mesmo. Quanto a avaliação da variação de força da musculatura respiratória, os pacientes não apresentam melhora significativa, de acordo com o teste do sinal, na variável PiMáx comparando pré e pós treinamento (-45,7±17,2mmHg e -55,7±22,3mmHg, respectivamente), nem do VC (599,1±443,2ml e 509,6±210,3ml), tendo apenas a PeMáx apresentado variação significativa em 100% da amostra (n=7) comparando o pré e pós treinamento (84,3±31,0mmHg e 106,4±35,2mmHg, respectivamente). CONCLUSÃO: O threshold IMT não apresentou melhora significativa da variável PiMáx, nem do VC, evidenciando a necessidade de realizar pesquisas para a avaliação de instrumentos que possibilitem a melhora da funcionalidade do sistema respiratório.