AVALIAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM INDÍVIDUOS HEMIPARÉTICOS PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Autores

  • Vladimir Lopes de Souza UBM
  • Diego Luis do Couto Resende UBM
  • Glauco Fonseca de Oliveira UBM
  • Ariela Torres Cruz UBM
  • Priscila de Oliveira Januário UBM
  • Patrícia Luciene da Costa Teixeira UBM

Resumo

INTRODUÇÃO: Devido às características da transição demográfica e epidemiológica brasileiras, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) se tornaram predominantes e constituem um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.Na avaliação fisioterapêutica de indivíduos com seqüela de AVE, devem ser incluídos instrumentos que sejam capazes de verificar o desempenho na realização das AVDs. A Medida de Independência Funcional (MIF ou FIM, tradução do original Functional Independence Mesure) é provavelmente o mais amplo instrumento para mensurar capacidade funcional. É um instrumento recente, preciso e universal para avaliar as funções superiores, sendo um indicador de base da importância da incapacidade, que pode ser modificada durante a reeducação/readaptação; logo, as modificações da MIF demonstram os efeitos ou os resultados do programa de reabilitação. OBJETIVO: Geral: Avaliar a funcionalidade em indivíduos hemiparéticos crônicos pós acidente vascular encefálico; Específico: - Analisar a utilização da Medida da Independência Funcional (MIF) como instrumento de avaliação em pacientes hemiparéticos;. METODOLOGIA: O estudo descritivo com abordagem quantitativa aconteceu em uma clínica especializada no atendimento fisioterapêutico, com 30 pacientes em fase crônica do AVE (no mínimo 3 meses após a lesão) que apresentaram hemiparesia.O projeto apenas foi desenvolvido após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) sob o n° CAAE: 43943615.0.0000.5236. A pesquisa só foi realizada após a autorização do paciente através da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADO: As características encontradas neste estudo relacionadas ao AVE evidenciaram que a maioria dos acometidos (36,67%) estava na faixa etária de 50 a 60 anos, predomínio do sexo masculino (56,67%), alfabetizados (86,66%) e casados (43,33%). Quanto as variáveis clínicas o índice de AVE isquêmico foi maior (56,67%), o dimídio mais afetado foi o direito (56,67%), pacientes com apenas um acometimento do episódio (73,33%) e estavam na fase crônica da patologia. A hipertensão arterial sistêmica foi a doença crônico-degenerativa com o índice maior (53,33%). Analisando os escores obtidos pela MIF, 64,70% dos homens apresentaram índice de dependência modificada mínima (61-103) e 46,15% das mulheres obtiveram este índice. Quanto ao índice de indepêndencia completa (104 a 126 pontos) 53,84% das mulheres apresentaram este escore e 35,20% dos homens também apresentaram este escore. Na população estudada não se observou escores para dependência completa e dependência modificada moderada.Estatisticamente existiu diferenças entre as variáveis da MIF nos grupos estudados (ANOVA / p:0,04). Ao analisar as variâncias percebe-se que o item escadas" obteve o valor maior (3,9126), seguido pela "memória" (2,8229) , mostrando a maior dificuldade apresentada pelos participantes em relação aos escores avaliados..". CONCLUSÃO: A MIF mostrou-se uma boa estratégia de avaliação diagnóstica no âmbito da fisioterapia, uma vez que possíbilita identificar no paciente suas principais limitações a fim de desenvolver um plano de cuidados individualizado e específico para seu quadro clínico, com o objetivo de promover a melhora da independência funcional e qualidade nas atividades, bem como evitar a piora da incapacidade funcional imposta pelo AVE.