INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE EM IDOSOS BRASILEIROS E A CIF: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Autores

  • Cíntia Sulino Gomes UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
  • Mariana Colombini Buranello UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
  • Camila Ferreira Leite UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
  • Shamyr Sulyvan de Castro UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

Resumo

INTRODUÇÃO: Sob o novo modelo conceitual descrito pela Classificação Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saúde (CIF), para uma análise biopsicossocial da saúde, torna-se necessário considerar que a funcionalidade não é advinda apenas das condições biológicas, mas também de fatores ambientais, sociais, culturais e políticos envolvidos neste processo. Esse modelo se mostra uma evolução que se sobrepõe ao modelo médico, ainda em uso por muitos profissionais de saúde. OBJETIVO: Revisar as publicações que possuem como desfecho a funcionalidade de idosos brasileiros analisando os instrumentos utilizados para sua avaliação e verificar sua coerência com o modelo da CIF. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa de revisão sistemática da literatura, nas bases de dados SciELO, PubMed, Scopus, e Lilacs. Foram incluídas publicações à partir de 2001, nos idiomas inglês, português ou espanhol, estudos com desenho experimental ou de intervenção, tendo como sujeitos de estudo apenas idosos brasileiros. Para a avaliação da qualidade dos artigos incluídos, foi utilizado o Checklist de Downs e Black. RESULTADO: Dos 3070 artigos encontrados, após leitura minuciosa, restaram 29. Destes, foram selecionados 25 instrumentos que foram utilizados para medir a funcionalidade do idoso, onde a frequência dos domínios da CIF foi: condição de saúde (0,28%), função e estrutura do corpo (1,71%), atividade (82,34%), participação (3,42%), fatores ambientais (12,25%) e fatores pessoais (0%). CONCLUSÃO: Apesar da CIF ser muito discutida na atualidade, foi possível detectar lacunas ainda existentes nos estudos a cerca do tema. Os resultados da presente pesquisa apontam que o modelo conceitual não esta sendo utilizado em sua totalidade e de forma equânime quando se trata de funcionalidade em idosos.