BEBÊS PREMATUROS COM MÃES ADOLESCENTES: UMA REALIDADE CRESCENTE NA UTI NEONATAL DE CAMPO GRANDE - MS

Autores

  • Priscila Maier Teruia UFMS
  • Taci Ana César Andrade UFMS
  • Leila Simone Foerster Merey UFMS

Resumo

INTRODUÇÃO: Vêm chamando a atenção para a associação entre a gravidez na adolescência e o risco maior de baixo peso ao nascer. Além da maior chance dos filhos de mães adolescentes nascerem com baixo peso (menor do que 2.500 g), alguns estudos revelam maiores taxas de morbidade e mortalidade nesse grupo. Dentre os mecanismos explicativos, encontram-se os de natureza biológica, como imaturidade do sistema reprodutivo, ganho de peso inadequado durante a gestação e fatores socioculturais, como pobreza e marginalidade social, combinados ao estilo de vida adotado pela adolescente. Apesar da relevância de ambos os motivos - biológicos e socioculturais -, a falta de cuidados pré-natais das adolescentes, associada à pobreza e níveis baixos de instrução, tem mostrado papel preponderante na cadeia causal de recém-nascidos (RN) de baixo peso. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: As vivências de ensino e aprendizagem nos cenários de prática da disciplina Saúde da Criança I foram realizadas no Município de Campo Grande - MS, pelas acadêmicas do 7° semestre de Fisioterapia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Os atendimentos foram realizados a cada quinze dias no período vespertino na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo) e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP). Dentro das competências desenvolvidas durante essas aulas, destacam-se a necessidade de entender a formação e desenvolvimento do bebe, intra e extra uterino, bem como a capacidade de identificar as necessidades desses RNs. Além de avaliar suas capacidades físicas, respiratórias e cognitivas. IMPACTOS: Elaborar os atendimentos foi desafiador, pois é necessário compreender a conexão da família e da sociedade. O grande número de mães adolescentes de bebes prematuros, muitas vezes com uma estrutura familiar inadequada e sem planejamento dificulta ainda mais a compreensão da importância dos cuidados com seu bebe. Além do mais, é imprescindível que essas adolescentes sejam acompanhadas pelo follow-up, tanto para que esses bebês de risco não sofram atrasos de desenvolvimento, quanto para que ela, para que possa receber todo o suporte que evite uma nova gestação indesejada e dificulte ainda mais sua vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi satisfatório vivenciar a necessidade da educação em saúde com as adolescentes sobre o risco da gravidez indesejada e também o acompanhamento com as novas mães. Uma excelente oportunidade de conhecer e interagir com RNs tão prematuros e fragueis, além de conhecer suas necessidades tão específicas e diferenciadas de um adulto. O trabalho realizado nas Unidades Neonatais da HUMAP proporcionou uma grande experiência para as acadêmicas da UFMS, bem como a aplicação das técnicas aprendidas previamente em sala e a aplicação de diálogos com as mães, aperfeiçoando a comunicação, tão importante e necessária com os pacientes e acompanhantes.