ATIVIDADE INTEGRADA INTERDISCIPLINAR: UM CAMINHO PARA A FORMAÇÃO

Autores

  • Giane Braida UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS
  • Estefania Silveira de Moraes UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS
  • Moema Nudilemon Chatkin UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS
  • Luciene Smiths Primo UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS
  • Patricia Osorio Guerreiro UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS
  • Ana Lucia Soares de Azevedo UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS
  • UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS

Resumo

INTRODUÇÃO: As diversas profissões de saúde tem um objeto de trabalho comum que e? o ser humano com carências de cuidado em saúde e que demanda uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar. Contraditoriamente, cada profissão se estrutura com paradigmas e experiências específicas que compõem modos distintos e fragmentados de atuar. A interdisciplinaridade, como um movimento contemporâneo que emerge na perspectiva da integração das ciências e do conhecimento, vem buscando romper com o caráter de hiperespecialização e com a fragmentação dos saberes. O conhecimento da população que será cuidada e de suas necessidades de saúde, de educação, sociais, culturais e de infraestrutura são condições necessárias para as ações multiprofissionais em saúde visando a integralidade da atenção. A Estratégia Saúde da Família, modelo de atenção à saúde, implantado no Brasil, tem como centro do cuidado o indivíduo e sua família, e deve coordenar a rede de atenção à saúde focada no cuidado integral. Por entender que há necessidade de modificação no processo de formação de seus egressos, os cursos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Católica de Pelotas implantaram no primeiro semestre de 2016 as atividades integradas interdisciplinares, com ações interprofissionais envolvendo acadêmicos, docentes e preceptores com atuação na atenção básica. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Foi selecionada 01 disciplina do primeiro semestre de cada um dos cursos. As atividades destas disciplinas foram divididas em aulas teóricas, tutorias e atividades práticas nas Unidades Básicas de Saúde. Participaram das atividades 221 estudantes dos cursos de Fisioterapia, Enfermagem, Medicina e Odontologia, 11 tutores docentes dos cursos envolvidos e 60 docentes e profissionais que atuavam nas 04 unidades de saúde ESF. Os acadêmicos foram divididos em 11 grupos para as tutorias e 20 grupos para as atividades práticas. Os grupos formados eram multidisciplinares. Nas aulas teóricas foram abordados temas como Bases teóricas do SUS e da Estratégia Saúde da Família, Conceitos de Saúde e o processo saúde-doença, Multidisciplinaridade e Interdisciplinaridade, Territorialização, Abordagem Comunitária e Diagnóstico de Saúde. As atividades práticas desenvolvidas foram compostas por mapeamento das áreas, visitas domiciliares em conjunto com os agentes comunitários de saúde, diagnóstico de saúde da população, organização de ações de promoção e prevenção à saúde, visitas às escolas da comunidade e associação de moradores e conselhos locais de saúde. Nas tutorias, o modelo utilizado foi de escuta e discussão de casos vividos na prática. Também foi utilizado a construção de portfolios. IMPACTOS: Em relação ao processo de trabalho perceberam-se dificuldades devido ao grande número de pessoas envolvidas, diversidade de acadêmicos e profissionais envolvidos, a própria realidade das unidades de saúde. Como facilidade observou-se uma aceitação ao trabalho interdisciplinar por parte dos acadêmicos. Ao longo das 20 semanas de implantação foram necessárias reuniões e capacitações constantes para preceptores, tutores e profissionais das Unidades básicas de saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A avaliação dos resultados demonstrou um avanço no entendimento e vivência no trabalho interdisciplinar e apropriação da ideia do trabalho em equipe e a necessidade de incorporação destas atividades no currículos dos cursos.