O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS SOBRE OS PROGRAMAS ASSISTENCIAIS DO SUS

Autores

  • Maria Lua Marques de Mendonça Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
  • Amanda Medeiros Gomes Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
  • Larissa Christina Gomes dos Santos Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
  • Jair José Gaspas Junior Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
  • Juliette Werner Mello Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
  • Paola Carvalho dos Santos Oliveira Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
  • Gustavo Christofoletti Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
  • Laís Alves de Souza Bonilha Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS

Resumo

INTRODUÇÃO: O processo de industrialização do Brasil, seguido pelos interesses da sociedade capitalista geraram a necessidade de implementar políticas de saúde direcionadas a grupos de risco. Desde então, o sistema de saúde brasileiro assumiu o papel de prestador universal de assistência à saúde da população, culminando na criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse contexto surgem os programas assistenciais com enfoque em grupos específicos que visam proteger e fornecer melhor qualidade de vida às pessoas. Diante disso, avaliar o acesso no âmbito do conhecimento da população sobre os recursos oferecidos pelos programas é fundamental para garantir o direito à saúde e a qualidade das ofertas em saúde. OBJETIVOS: Analisar o conhecimento da população sobre os programas assistenciais do SUS, identificando as fragilidades na divulgação desses programas, a identificação dos entrevistados como usuários ou não do SUS e registrar possíveis sugestões sobre os veículos mais apropriados para a divulgação dos programas. METODOLOGIA: Em delineamento transversal, 60 residentes da cidade de Campo Grande/MS, de ambos os sexos entre 18 e 65 anos nos quatro distritos de saúde, foram submetidos à entrevista contendo 14 questões sobre as dificuldades no acesso aos programas; reconhecimento de meios de divulgação e sugestões; e frequência de utilização dos recursos dos programas. RESULTADOS: Os dados demonstraram que 65% das pessoas entrevistadas possuíam plano de saúde e destes 71,67% consideram-se usuários do SUS. Referiram que desconhecem os programas assistenciais 55,81% do público abordado, representando um dado alarmante para a funcionalidade dos programas. Houve associação entre a baixa percepção da divulgação e a utilização dos programas, sendo que 65,5% referiram que não veem a divulgação dos programas. A maior parcela da população entrevistada referiu-se com maior frequência aos meios de comunicação em massa (mídia) como a melhor opção para a divulgação dos programas, além da permanência dos meios já utilizados como a divulgação através dos profissionais da saúde nas unidades básicas de saúde. Especificamente em uma das regiões abordadas os discursos concentraram-se na importância e na ausência da divulgação através dos Agentes Comunitários de Saúde nas visitas domiciliares, demonstrando a possível falha no quantitativo desses profissionais naquele local. Os programas mais conhecidos foram os relacionados à hipertensão e a diabetes. CONCLUSÃO: Há um déficit na divulgação dos Programas Assistenciais do SUS, contribuindo para o desconhecimento da população em relação ao conteúdo e benefícios dos Programas. Há a necessidade do sistema de adotar meios de divulgação mais comuns ao cotidiano da população e consequentemente mais acessíveis.