A INCIDÊNCIA DE DESCONFORTOS E A INTENSIDADE DA DOR RELATADA PELAS MULHERES NO PUERPÉRIO IMEDIATO

Autores

  • Thais do Amaral Tomasoni UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Jéssica Perez UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Thalita Cristina Wolff Bertotti UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Raciele Ivandra Guarda Korelo UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Rubneide Barreto Silva Gallo UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR

Resumo

INTRODUÇÃO: O puerpério, é o período no qual as modificações locais e sistêmicas provocadas no organismo da mulher pela gravidez e parto retornam ao estado pré-gravídico. Os principais desconfortos presentes nesta fase são inerentes ao processo de parturição. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi identificar a incidência de desconfortos e a intensidade da dor relatada pelas mulheres no puerpério imediato. METODOLOGIA: Para o estudo, foram selecionadas puérperas internadas no alojamento conjunto da Maternidade Victor Ferreira do Amaral do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. A dor e os desconfortos foram avaliados por meio da ficha de avaliação fisioterapêutica elaborada pela equipe e pela Escala Visual Analógica (EVA) e após realizado uma avaliação física das mamas e do abdome. RESULTADO: Das 107 participantes, a maioria era jovem, com idade média 25,94±6,44 anos e IC (22,52-28,23); multíparas com média de 1,80±0,87 e IC (1,41-2,20). Quanto a idade gestacional em que se encontraram para assistência ao parto a média foi de 39,47±1,16 e IC (38,94-40,00); o número de consultas pré-natal na última gestação, observou-se média 9,33±2,97 e IC (7,98-10,68); o tempo de trabalho de parto foi de 485,90±334,68 e IC (333,55-638,25) minutos e o peso do recém-nascido teve como média de 3,19±0,43 e IC (2,99-3,38). Dentre os principais desconfortos, destacam-se: cólica na amamentação 55,14% e EVA 3,28±3,22 (IC 1,81-4,75), dor perineal 30,84% e EVA 1,85±2,47 (IC 0,73-2,98), lombalgia 28,97% e EVA 2,47±2,99 (IC 1,11-3,83), dor nas mamas 23,36% e EVA 1,61±2,65 (IC 0,41-2,82) e dor cesariana 17,75% e EVA 1,0±2,12(IC 0,03-1,96). Relataram sentir algum desconforto intestinal 44 pacientes, 41,12%, desconforto circulatório 34 participantes, 31,77% e desconforto musculoesquelético, 15 puérperas, 14,01%. Houve correlação fraca entre as variáveis dor nas mamas e traumas mamilares (r= 0,251 e r_ =6,30%), assim como ao correlacionar o tipo de parto com o a dor na episiotomia (r=-0,181 e r_=3,27%). CONCLUSÃO: Apesar da intensidade dolorosa apresentada pelas participantes desta pesquisa ser baixa, as mesmas estavam sob o uso de medicamentos. Sabe-se que tais desconfortos podem ser preveníveis ou minimizados com a atuação da fisioterapia no puerpério, tanto na promoção e prevenção, quanto na recuperação destas puérperas de forma a integrar a equipe interdisciplinar.