ANÉLISES DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS ATIVOS: UMA ÊNFASE NA ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR

Autores

  • Amanda Rayssa Mendes de Souza FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA - FCM
  • Rebeca Pereira da Silva FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA - FCM
  • Rachel Cavalcanti Fonseca FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA - FCM

Resumo

INTRODUÇÃO: Os países que passam por um processo de desenvolvimento, tende a ocorrer uma ligeira mudança em sua demografia. Geralmente tem início com o baixo índice de mortalidade, e logo após a diminuição da taxa de natalidade, causando grandes alterações na faixa etária da população. Envelhecer é um processo universal, de caráter orgânico, relacionado a diversos fatores, os quais podem determinar fragilidades e comorbidades, tornando-os mais susceptíveis a episódios de quedas. As quedas são caracterizadas como uma situação acidental que ocorre devido à mudança de posição de uma pessoa para um plano mais baixo, em relação a sua postura de início, não sendo capaz de se endireitar à tempo ágil e se choca ao solo. O trabalho interdisciplinar tem o propósito de obter informações sobre diferentes aspectos que vai influenciar no processo saúde-doença. Orientações e intervenções como à integração da fisioterapia na prevenção e tratamento com a equipe interdisciplinar podem ajudar nas prevenções de quedas na população. OBJETIVO: Analisar o risco de quedas em idosos ativos enfatizando a atuação interdisciplinar. METODOLOGIA: A pesquisa se trata de um estudo de campo, descritivo de caráter exploratório de abordagem quantitativa e qualitativa. A mesma ocorreu no CCI (Centro de Convivência da Pessoa Idosa). Foram entrevistados 10 idosos que fazem parte de um projeto interdisciplinar, de pesquisa denominada: Atenção à pessoa idosa: Uma abordagem interdisciplinar. A coleta foi feita por dados em relação a sua saúde (diagnóstico clínico) e sobre quedas (ocorrência de quedas nos últimos dois anos). O instrumento utilizado foi o Timed Up And Go (TUG), que consiste em levantar-se de uma cadeira, andar a uma distância de três metros, dar a volta e retornar. Existe um tempo que pré-determina o risco de quedas segundo o teste. Até 10 segundos é o tempo considerado normal, entre 11 e 20 segundos baixo risco de quedas, e acima de 20 segundos tem grande risco de quedas. A análise dos dados foi feita por estatística simples através de média e porcentagem. RESULTADO: Participaram da pesquisa 10 mulheres com idade entre 62 e 85 anos (média de 74,6 anos). Das 10 idosas que foram submetidas à aplicação do instrumento, a média de tempo foi de 12,352 segundos, considerado baixo risco de quedas, 4 (40%) obtiveram resultados até 10 segundos, tempo considerado normal, 6 (60%) teve pontuação entre 11 e 20 segundos, indicando baixo risco de quedas. Durante a aplicação do TUG foram observadas boa coordenação motora, equilíbrio, e um bom desempenho na atividade. Em relação ao diagnóstico clínico 90% apresentam hipertensão e 40% diabetes, esse dado se deu porque ambos possuem as duas patologias. Sobre as quedas apenas 3 (30%) tiveram uma ocorrência nos últimos dois anos. Reforçando a importância da atuação interdisciplinar na prevenção de quedas. CONCLUSÃO: Ressalta-se a importância da utilização do instrumento Timed Up And Go (TUG), para avaliar o risco de quedas em idosos ativos, para a prevenção de quedas, e independência funcional.