CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS RECÉM-NASCIDOS SUBMETIDOS É VENTILAÇÃO MECÂNICA NUMA UNIDADE INTENSIVA NEONATAL

Autores

  • Laís Aynuan Souza Pereira de Nelo FACULDADE DE CIÊNCIAS MÊDICAS DA PARAÍBA
  • Sandra Fernandes Pereira de Melo FACULDADE DE CIÊNCIAS MÊDICAS DA PARAÍBA
  • Márcia Meireles Oliveira de Sousa FACULDADE DE CIÊNCIAS MÊDICAS DA PARAÍBA
  • Marcos Barbosa Veiga de Melo FACULDADE DE CIÊNCIAS MÊDICAS DA PARAÍBA
  • Pryscila Ruana da Silva Rodrigues FACULDADE DE CIÊNCIAS MÊDICAS DA PARAÍBA
  • Victória Karoline dos Santos Silva FACULDADE DE CIÊNCIAS MÊDICAS DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: A prematuridade consiste em recém-nascidos (RN) abaixo de 37 semanas de gestação também sendo classificada como pré-termo, tudo isso é relacionado a adequação entre peso e idade no momento do parto. O índice de partos prematuros no Brasil chega a quase 12% (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). Diante do exposto abre-se uma discussão para responder o seguinte questionamento: Qual é o perfil epidemiológico dos Recém Nascidos submetidos ˆ ventilação mecânica na unidade intensiva neonatal do Instituto Cândida Vargas, hospital de referência na saúde materno - infantil da cidade de João Pessoa?. OBJETIVO: O objetivo desta pesquisa consiste em caracterizar o perfil epidemiológico dos recém nascidos submetidos à ventilação mecânica em uma unidade intensiva neonatal, focando na identificação da patologia de maior incidência na unidade neonatal, peso, idade gestacional, análise do tempo de utilização da ventilação mecânica e na indicação do tipo ventilatório mais utilizado. METODOLOGIA: A referida pesquisa foi realizada na Maternidade Cândida Vargas, onde são oferecidos diversos serviços para a saúde materno-infantil, dentre eles, a UTI neonatal, a qual possui doze leitos. A amostra da pesquisa será composta pelos recém - nascidos internos na UTI neonatal no período de fevereiro a maio de 2017 que necessitam de ventilação mecânica. RESULTADO: A amostra da pesquisa foi de 71 recém-nascidos. As planilhas analisadas não fazem referência ao gênero dos pacientes internos, sendo assim, não é possível dividi-los nesta categoria, também foi observado que ocorreram dois partos de gemelares. Ocorreu um total de 69 partos, sendo 38 (55%) partos cirúrgicos e 31 (45%) partos vaginais. A principal causa de internação na UTI neonatal foi a prematuridade com 19 (27%) dos recém nascidos. Na idade gestacional, a prematuridade moderada evidenciou-se com um total de 33 (47%), seguido de recém nascidos a termo com 20 (28%), prematuridade acentuada com 10 (14%), prematuridade extrema 6 (9%) e p—s termo com 2 (2%). Em relação ao peso ao nascer, ficaram em evidência os recém nascidos que possuem baixo peso com 22 (31%), seguido dos adequados para idade gestacional com 19 (27%) os neonatos de muito baixo peso com 17 (24%) e os recém nascidos de extremo baixo peso com 13 (18%). Em relação ao suporte ventilatório a maior incidência foi a de ventilação mecânica invasiva, com 42 (59%) dos recém nascidos, utilizando esse suporte abaixo de 10 dias. CONCLUSÃO: Com base nos achados dessa pesquisa, podemos traçar o perfil do recém nascido interno na unidade de terapia intensiva, mostrando que a prematuridade foi a principal causa de internação desses neonatos, em relação a idade gestacional e o peso, achamos que a prematuridade moderada e o baixo peso tiveram maior predominância. Em relação à utilização da ventilação mecânica pudemos observar que os recém nascidos fizeram uso de ventilação mecânica invasiva abaixo de dez dias de internação. A principal complicação de internação na UTIN foi à pneumonia. A incidência maior foi dos neonatos que evoluíram com alta e foi observado que os recém nascidos ficaram até cinco dias internados na unidade.