COMPORTAMENTO MOTOR DE HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS PARTICIPANTES DE PROJETO DE EXTENSãO UNIVERSITÁRIA

Autores

  • Larissa da Silva Freitas UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
  • Mayara da Costa Ferreira UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
  • Maria Luêsa de Sousa Fernandes UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
  • João Paulo Nogueira de Queiroga UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
  • Bárbara Sousa dos Santos UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
  • Silvana Barbosa de Queiroga UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
  • Mírian Celly Medeiros Miranda David UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
  • Carlòcia Ithamar Fernandes Franco UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: Sabe-se que 60% dos indivíduos acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC) apresentam alterações sensitivas, motoras e cognitivas. A presença de déficit do controle motor, geralmente hemiplegia ou hemiparesia, pode ser caracterizada por fraqueza, alteração de tônus e movimentos estereotipados, que podem limitar as habilidades para realizar atividades como deambular, subir escadas e cuidar-se, estando a Fisioterapia Neurofuncional com importante papel na restauração das funções perdidas, estimulando o restabelecimento do paciente às atividades de vida diária. OBJETIVO: Investigar aspectos do comportamento motor de indivíduos hemiparéticos na fase crônica atendidos por projeto de extensão universitária. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo, quali-quantitativo. A amostra foi composta por indivíduos acometidos por AVC em fase crônica participantes do Grupo de Assistência Interdisciplinar ao Paciente Hemiparético (GAIPH) desenvolvido na Universidade Estadual da Paraíba em Campina Grande - PB. Os indivíduos foram submetidos aos seguintes instrumentos de avaliação: Ficha de Avaliação Sóciodemográfica para caracterização da amostra, Escala de Rankin modificada (ERm), para estadiamento do quadro clínico e a Escala de Avaliação Motora (EAM), para avaliação funcional, especificamente, a funcionalidade dos itens: 3 (sentado em equilíbrio), 4 (sentado para ortostase) e 6 (motricidade grossa do membro superior). O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba (CAAE: 0103.0.133.000-10). Os dados foram analisados através do IBM SPSS versão 22.0 e expressos em média, desvio-padrão e porcentagem. RESULTADO: A amostra foi composta por 26 indivíduos acometidos por AVC com média de idade de 58,7 ± 10,1 anos, predominância do sexo masculino (53,8%), AVC isquêmico (65,4%) com média de 8,1±4,8 anos desde o último AVC (10 indivíduos n‹o souberam responder) e 53,8% apresentando deficiência moderada. No que diz respeito às atividades funcionais através da EAM, observou-se que 53,6% dos pacientes apresentaram capacidade de sentar sem suporte e virar a cabeça e o tronco para três (Item 3; 4,5±1,2); 42,9% eram capazes de sair da posição sentada para em pé e para sentado novamente sem estabilização (Item 4; 5,0±1,2); e, 39,3% mostraram capacidade de ficar em ortostase com a mão contra a parede, enquanto mantêm a posição do braço e gira o corpo em direção à parede (Item 6; 4,0±2,1). CONCLUSÃO: Após a análise dos dados, sugere-se que os indivíduos hemiparéticos acometidos por AVC na fase crônica possuem incapacidade considerável da motricidade grossa do membro superior, necessitando de cuidado continuado da Fisioterapia Neurofuncional de modo a otimizar a sua funcionalidade para as atividades básicas cotidianas e, desta forma, proporcionar independência, reduzir riscos de acidentes e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos mesmos.