EFEITOS DA APLICAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE ALONGAMENTO DINÂMICO SOBRE OS ESTIMADORES DE FORÇA E ATIVIDADE ELÉTRICA MUSCULAR DO BÍCEPS FEMORAL DE MULHERES JOVENS E SAUDÁVEIS

Autores

  • Rayane Maria Pessoa de Souza UNIPE
  • Luana de Morais Bernardo UNIPE
  • Thaisy Thuany Patrício Cordeiro UNIPE
  • Vitîria Felêcia Gualberto de Lima Silva UNIPE
  • Marcos Antïnio de Araòjo Leite Filho UNIPE
  • Ramon Cunha Montenegro UNIPE
  • Josƒ Edgley Guimarìes Lopes UNIPE
  • Luês Paulo Nogueira Cabral Borges UNIPE
  • UNIPE

Resumo

INTRODUÇÃO: Evidências vêm exibindo que os diferentes protocolos de alongamento dinâmico podem ou n‹o alterar os parâmetros de força e ativação elétrica muscular (EMG), ou podem gerar incremento aos mesmos. Contudo, há carência de análises dos efeitos do alongamento dinâmico sobre a função neuromuscular de mulheres. OBJETIVO: Analisar o efeito de um protocolo de alongamento dinâmico sobre os estimadores de força e EMG do bíceps femoral (BF) de mulheres jovens e saudáveis. METODOLOGIA: O presente trabalho seguiu as orientações da resolução N¼ 466/12 do CNS e foi aprovado pelo CEP do Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ, CAAE 54749215.0.0000.5176. Todos os protocolos foram realizados no Laboratório de Fisiologia do Movimento do UNIPÊ. A amostra foi composta por 24 mulheres: 14 (20,07 ± 1,14 anos, 57,3 ± 7,99Kg e 1,60 ± 0,06m) realizando os protocolos de alongamento (GA) e; 10 (19,3 ± 0,95 anos, 53,31 ± 6,47Kg e 1,59 ± 0,054m) formando o controle (GC). Todas as voluntárias concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Cada voluntária no GA executou dois exercícios de alongamento dinâmico para BF, e as mensurações de força e EMG foram realizadas imediatamente após, 10 minutos e 20 minutos após o término do alongamento. O GC esperou o tempo equivalente a aplicação do exercício, todas as voluntárias sentadas, e realizaram as mensurações de força e EMG nos mesmos tempos que o GA. O Protocolo experimental foi realizado em dois dias intervalados por, no mínimo, 48 horas, a saber: dia um, assinatura do TCLE e orientações sobre a correta execução dos alongamentos; dia dois, aleatoriamente, as voluntárias eram direcionadas ao GA ou ao GC. Os eletrodos para captação do EMG foram posicionados de acordo com o SENIAM. Para coleta do EMG foi utilizado o polígrafo digital MioTec¨ (16 bits de resolução e 3000 amostras por segundo), e para mensuração da força foi utilizado o polígrafo digital Biomed acoplado a uma célula de carga tipo Z, modelo BTS200 (Primax Balanças¨) com capacidade até 200 kgf. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk e a significância estatística foi analisada a partir do teste t pareado. RESULTADO: Todos os dados apresentam-se normais com variâncias homogêneas. A análise exibiu ganho significativo de força (p<0,05) em 10 (7,75 ± 3,65Kgf) e 20 minutos (8,13 ± 3,50Kgf) após a aplicação do protocolo de alongamento dinâmico, quando comparados a situação pré-alongamento (7,175 ± 3,37 Kgf). O ganho de força foi acompanhado por um aumento significativo do valor RMS do EMG, também nos tempos de 10 (202,95 ± 57,15?V) e 20 minutos (213,22 ± 54,47?V) após a aplicação dos protocolos, sendo esse aumento significativo (p<0,05) apenas em 20 minutos, quando comparados a situação pré-alongamento (190,79 ± 46,33?V). N‹o houve diferença significativa nos valores de força e RMS imediatamente após a aplicação do protocolo, como também em nenhuma das comparações para o GC. CONCLUSÃO: O protocolo de alongamento dinâmico utilizado provocou aumento dos valores de força e RMS do bíceps femoral em 10 e 20 minutos após sua execução.