QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: AVALIAÇÃO DE CABELEIREIROS DE SALÕES DE BELEZA DO RIO DE JANEIRO

Autores

  • Karla Kristine Dames da Silva INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)
  • Danielle Cristine de Oliveira Duarte INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)
  • Cêntia Ferreira de Oliveira INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)
  • Thayara da Silva Ferreira INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)
  • Kenia Alexandrina da Cruz INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)

Resumo

INTRODUÇÃO: Qualidade de vida de um profissional pode interferir tanto na atividade exercida quanto na vida pessoal do trabalhador, afetando seu estado de saúde e sua produtividade. Os cabeleireiros apresentam uma jornada de trabalho extremamente exaustiva e tendenciosa ao estresse ocupacional, devido a multiplicidade da seu trabalho, pouco número de pausas durante a jornada, grande volume de serviço, instrumentos e postos de trabalhos inadequados e, em alguns casos, a competitividade no ambiente de trabalho. Esses fatores juntos podem levar o profissional ao surgimento da DORT e piora da qualidade de vida. OBJETIVO: Analisar a qualidade de vida relacionada ao trabalho de cabeleireiros de salões de beleza do Rio de Janeiro. METODOLOGIA: O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do IFRJ e respeitou os preceitos da resolução CNS n. º 466/12. Os voluntários da pesquisa foram cabeleireiros de diferentes salões de beleza do Rio de Janeiro, todos assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Foi realizada análise de possíveis riscos ocupacionais, por meio de questionário próprio elaborado e avaliação da qualidade de vida utilizando a versão brasileira do questionário de qualidade de vida SF-36, questionário composto de 8 domínios (36 itens) contabilizados por Score Range, sendo o valor final obtido de 0 a 100, onde 0 é o pior estado e 100 o melhor. RESULTADO: Foram avaliados um total de 24 cabeleireiros, sendo 17 do sexo feminino e 7 do sexo masculino, tendo a faixa etária entre 21 e 63 anos. Foram criados 3 categorias de para avaliar o resultado de cada domínio sendo intervalo cujos os escores ficaram de 100 à 68 pontos, foram categorizados como melhor QDV, o intervalo que compreende os escores de 34 à 67 indicam QDV mediana ou razoável, e compreenderam o intervalo de 0 à 33 pontos foram classificados com pior QDV. Nos resultados os domínios que apresentam melhor QDV são saúde mental, aspectos sociais e capacidade funcional. Os domínios que apresentam pior QDV é limitação por aspectos físicos, dor e limitação por aspectos emocionais. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que a atividade laborativa de cabeleireiros sem a devida orientação biomecânica favorece a manutenção de posturas inadequadas, fadiga muscular e dor, além do alto risco de desenvolvimento de DORT. Desta maneira, observou-se a importância da análise ergonômica do trabalho e da utilização de estratégias que aliviem os sintomas e orientem estes profissionais para a prevenção de agravos a sua saúde.