USO DE MEDICAMENTOS E A PROCURA DE FISIOTERAPIA PELOS PORTADORES DE MIGRåNEA CRïNICA

Autores

  • Mayara da Costa Ferreira UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÊBA
  • Joìo Paulo Nogueira de Queiroga UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÊBA
  • Mêrian Celly Medeiros Miranda David UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÊBA
  • Thaês de Sousa Andrade UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÊBA
  • Priscila Amorim Ferreira UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÊBA
  • Andrƒ Verêssimo Medeiros UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÊBA
  • Gilma Serra Galdino UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÊBA
  • Carlòcia Ithamar Fernandes Franco UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÊBA

Resumo

INTRODUÇÃO: As estratégias terapêuticas para migrânea são baseadas principalmente em terapia medicamentosa, que visa o tratamento durante a crise de enxaqueca e a sua prevenção. O uso indiscriminado de medicão possibilita o surgimento de cefaleia secundária por uso excessivo de medicamentos contribuindo para a cronifição do quadro clínico. O tratamento da migrânea crônica (MC) associada ao uso excessivo de medicamentos à inicialmente constituído pela retirada das drogas usadas em excesso, desintoxição do indivíduo e pela procura da melhor responsividade para drogas de uso agudo ou profiláticas. Portanto, a procura pelo desenvolvimento de estratégias teraputicas não farmacológicas é alta, sendo a fisioterapia detentora de diversas técnicas não farmacológicas com potencial para contribuir no tratamento da MC. OBJETIVO: Objetivos: Investigar o uso de medicamentos e a procura pelos servios de fisioterapia pelos portadores de MC. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo com abordagem quali-quantitativa com portadores de MC atendidos por neurologista cefaliatra no Ambulatório de Dor de Cabeça da Clínica Escola de Fisioterapia da UEPB em Campina Grande - PB. Foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: Ficha de Avaliação Sociodemográfica para caracterização da amostra e o question‡rio Procefaleia desenvolvido pelo Instituto de Neurologia Deolindo Couto (RJ) e validado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia para a coleta dos dados clínicos de modo objetivo e sistematizado. Os dados foram expressos em média, desvio-padrão e porcentagem através do IBM SPSS versão 22.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (CAAE: 60939816.4.0000.5188). RESULTADO: A amostra foi composta por 11 portadores de MC, com idade média de 42,1±9,9 anos e 81,8% do sexo feminino. Verificou-se predominância de indivíduos com dor severa (63,6%) e 72,7% apresentavam cefaleia há mais de 10 anos, apresentando crises 5 ou 7 dias por semana (63,7%). Quanto ao uso de medicamentos, 90,9% utilizavam medicamentos para cefaleia de três a sete dias por semana, e 45,5% faziam uso de três a seis medicamentos para dor, caracterizando abuso de medicamentos. Quanto às especialidades mais procuradas pelos portadores de MC, estavam neurologistas (100%), clénico geral (68,3%), oftalmologista (63,3%) enquanto que apenas 9,1% dos indivíduos (n=1) procurou o fisioterapeuta para tratamento da MC em algum momento. CONCLUSÃO: A partir dos dados analisados, sugere-se que os portadores de MC apresentam longo período com a patologia, bem como fazem uso indiscriminado de medicamentos, dessa forma, contribuindo para a cronificação da migrânea, por outro lado, há baixa procura pelos recursos da fisioterapia, mesmo esta possuindo potencial para o tratamento da MC e, consequentemente, redução do abuso de medicamentos, podendo contribuir até mesmo na prevenção da cronificação da migrânea.