LIMIAR DA PERCEPÇÃO DOLOROSA EM INDIVÍDUOS COM MIGRÂNEA CRÔNICA ATRAVÉS DE ALGOMETRIA POR PRESSÃO

Autores

  • Maria Luísa de Sousa Fernandes UEPB
  • Larissa da Silva Freitas UEPB
  • Mêrian Celly Medeiros Miranda David UEPB
  • Thaês de Sousa Andrade UEPB
  • Priscila Amorim Ferreira UEPB
  • Andrƒ Verêssimo Medeiros UEPB
  • Ciro Franco de Medeiros Neto UEPB
  • Carlòcia Ithamar Fernandes Franco UEPB

Resumo

INTRODUÇÃO: Os sintomas da dor crônica incluem a dissociação da percepção da dor a partir de um estímulo nocivo ou lesão, a expansão hiperalgásica para além do local estimulado ou lesionado. Dessa forma, a Migrânea Crônica (MC), considerada uma dor moderada ˆ severa, assume alta complexidade, além de estar associada ao abuso de medicamentos por parte dos portadores. OBJETIVO: Avaliar o limiar da percepção dolorosa em indivíduos com MC através de algometria por pressão. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo e analítico com abordagem quali-quantitativa realizado com indivíduos diagnosticados com MC por neurologista cefaliatra da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba. Foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: Ficha de Avaliação Sociodemográfica para caracterização da amostra, a Escala Visual Analógica (EVA) de modo a avaliar a intensidade da dor e o Algômetro FPK Wagner Pain Test(TM) para avaliação do limiar da dor dos indivíduos selecionados, sendo executada bilateralmente em uma velocidade e pressão constantes de aproximadamente 1,0 kg/cm_/s com o posicionamento do ponto de metal do algômetro perpendicular aos seguintes músculos: frontal; temporal anterior, médio e posterior; masseter; trapézio; esternocleidomastoideo (ECOM); utilizando a região tenar como controle. Os dados foram analisados através do software GraphPad Prism¨ versão 6.01, considerando significantes, os valores com p<0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (CAAE:60939816.4.0000.5188). RESULTADO: A amostra foi composta por 11 portadores de MC, com 42,1±9,9 anos, 81,8% do sexo feminino e intensidade de dor moderada à severa (EVA: 7,7±1,3). Quanto à Algometria, verificou-se redução significativa (p<0,0005) do limiar de dor nos músculos: frontal (E: 2,8±0,6; D: 3,1±0,5); temporal anterior (E: 2,9±0,7; D: 2,9±0,6), médio (E: 3,2±0,7; D: 3,1±0,7), posterior (E: 3,2±0,8; D: 3,3±0,7); masseter (E: 2,3±0,6; D: 2,0±0,3); trapézio (E: 3,1±0,9; D: 3,1±0,6); e ECOM (E: 1,6±0,2; D: 1,8±0,3), em relação aos músculos do grupo controle (E: 4,5±0,8; D: 4,5±0,7). Quando comparado ambos os lados (esquerdo e direito), apenas o ECOM mostrou diferença significativa (p<0,005). CONCLUSÃO: Após análise dos resultados, sugere-se que os indivíduos com MC apresentam diminuição do limiar da dor em músculos do crânio, face e cervical, elevando o nível de complexidade de tal patologia.