ALUNOS DO ENSINO MÉDIO E TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE: O CONHECIMENTO, AS ATITUDES E AS PRÁTICAS COM RELAÇÃO AS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS

Autores

  • Themis Goretti Moreira Leal De Carvalho UNICRUZ; CAE/TUPANCIRETA
  • Graziella Alebrant Mendes UNICRUZ; CAE/TUPANCIRETA
  • Tatiana Medina Stuzeneger UNICRUZ; CAE/TUPANCIRETA
  • Elisete Cristina Krabbe UNICRUZ; CAE/TUPANCIRETA

Resumo

INTRODUÇÃO: Uma característica marcante da resposta brasileira ao HIV/aids, DSTs e hepatites virais têm sido a mobilização e participação dos alunos das escolas nos esforços de controle e desmistificação. São necessárias estratégias de integração e articulação permanente entre as políticas e ações da educação e da saúde, com a participação da comunidade escolar, envolvendo intersetorialmente todos os atores para diminuir a vulnerabilidade dos alunos adolescentes e adultos jovens. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Projeto PIBEX, um estudo de caso com um delineamento descritivo observacional. Seguiu as diretrizes metodológicas do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas ? SPE e o modelo de concepção das práticas educativas orientado pelo referencial teórico de Paulo Freire. Metodologias Ativas de Aprendizagem foram o viés condutor de todas as atividades realizadas no durante o ano de 2013. Participaram 500 alunos do ensino médio e 245 alunos de cursos técnicos profissionalizantes, 47% do gênero feminino e 53% do gênero masculino. A maioria (69%) encontra-se na faixa etária dos 15 a 17 anos, sendo que 92% já tiveram relações sexuais, e 91% dizem ter usado preservativo na sua primeira relação sexual; 66% tiveram mais de um parceiro sexual no último ano e 14% relataram não ter usado preservativo na última relação sexual. Acreditam que patologias como a sífilis, hepatites e malária podem ser adquiridas no banheiro público (5%) e 3% dizem ter cura para a aids. Foram realizadas oficinas pedagógicas que contribuíram para a reflexão dos educandos. Os responsáveis por todas as ações foram os discentes da Fisioterapia e da Biomedicina, que tiveram capacitação anterior em sala de aula. A Secretaria Municipal de Saúde, a 9ª CRS e a 9ª CRE foram os parceiros responsáveis pelos recursos materiais (cartilha educativa, folder e preservativos). IMPACTOS: A prática da educação entre pares, que valoriza a troca de saberes entre pessoas com experiências semelhantes, foi muito importante na formação dos discentes envolvidos. Ao atuarem como facilitadores e multiplicadores de ações junto a outros adolescentes e jovens muitos resultados positivos foram alcançados. Além de garantir a participação do discente na condução de todo o trabalho, promoveu o desenvolvimento de seus conhecimentos, atitudes e habilidades, fato que buscamos na formação do profissional fisioterapeuta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados apontam indicadores que sinalizam a necessidade de investimentos de longo prazo e do engajamento sustentado no conceito ampliado de saúde, na integralidade e na produção de cidadania e autonomia, em um trabalho de educação e saúde entre pares, capaz de sensibilizar e conscientizar os jovens para a busca permanente da diminuição de sua vulnerabilidade, capacitando-os para a realização de medidas práticas de promoção e proteção da saúde.