ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA: CONSTRUÇÃO COLETIVA DE DOCENTES DE PERNAMBUCO PÓS IMPACTO DO ZIKA VIRUS

Autores

  • Cinthia Rodrigues de Vasconcelos CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Anna Catarina Soares dos Santos Melo CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Antonietta Claudia Barbosa da Fonseca Carneiro CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Carine Carolina Wiesiolek CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Claudia Fonsêca de Lima CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Cristiana Maria Macedo de Brito CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Danielly Lais Pereira Lima CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Fabiana de Oliveira Silva Sous CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Akaren Maciel Sobreira Soares CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Karla Monica Ferraz Lambertz CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Luana Padilha da Rocha CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Juliana Baptista Teixeira CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Maria Eduarda Guerra da Silva Cabral CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Maria Perfecta Duran Porto Dantas CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)
  • Washington José dos Santos CONSELHO DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL DA 1» REGIÃO (CREFITO 1)

Resumo

INTRODUÇÃO: Pernambuco foi um estados brasileiros mais atingidos pela epidemia da Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV). A complexidade envolvida nestes casos, a dificuldade no acesso á reabilitação e a frágil articulação entre Atenção Básica e rede especializada, despertaram a necessidade urgente de mobilização e de intervenções a nível governamental e da sociedade civil que pudessem garantir a integralidade do cuidado. Assim, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1» Região (CREFITO-1) instituiu um Grupo de Trabalho (GT) em Fisioterapia na SCZV com objetivo de garantir á Sociedade Pernambucana, em especial ás famílias acometidas pela síndrome, avaliação e atendimento de excelência. Dentre os compromissos assumidos por esse GT, na perspectiva de alcance de tamanho objetivo, propôs-se a rediscussão no processo de formação de fisioterapeutas na vigilância de demandas epidemiológicas locorregionais. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Várias ações foram realizadas em Pernambuco com o objetivo de construir um modelo lógico que pudesse nortear a formação de Fisioterapeutas com um olhar integral á saúde da criança. Primeiramente foi aplicado um questionário on line intitulado 'Conhecendo o perfil dos Fisioterapeutas que atuam na saúde da criança e do adolescente, nos diferentes níveis da Rede de Atenção á Saúde do estado de Pernambuco'. Este instrumento foi respondido por 135 Fisioterapeutas, obtendo-se as seguintes informações: 79,25% eram capacitados na área infantil (curso de aperfeiçoamento/especialização); 38,51% dos profissionais assistiam crianças com SCZV, no entanto, 93,33% deste total informaram ter interesse em participar de cursos de formação/capacitação nessa temática. Após essa primeira etapa, propôs-se a elaboração de um Caderno de Atenção Integral á Saúde da Criança, no âmbito da Fisioterapia. Com este fim foram elaboradas duas oficinas de 8 horas para troca de experiências na atenção á saúde da criança, baseando-se no contexto profissional da realidade dos serviços e territórios ocupados e na reflexão da prática vivenciada pela formação profissional nos diversos ambientes de trabalho. A primeira oficina, multidisciplinar, consistiu na apresentação de casos da SCZV, discutindo o que configura atribuição comum e específica de cada categoria e as dificuldades e potencialidades na condução do cuidado. A segunda oficina ocorreu somente com fisioterapeutas e objetivou trabalhar o produto consolidado pelo GT e validar a proposição de um modelo lógico (ML) de atuação profissional elaborado a partir das discussões anteriores. A partir daí, iniciou-se a construção do Caderno de Atenção Integral com o conteúdo apreendido. Por fim, um ano após o início desse processo, realizou-se uma oficina para Docentes dos cursos de Fisioterapia, responsáveis pelas disciplinas relacionadas á pediatria e á saúde coletiva, com o objetivo de discutir a formação profissional que atendessem ás necessidades da sociedade pernambucana. . IMPACTOS: 60% das instituições de ensino superior do estado que oferecem cursos de Fisioterapia, discutiram e propuseram metodologias a serem utilizadas a curto prazo em suas disciplinas, baseando-se no ML e no Caderno proposto pelo GT do CREFITO-1. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os docentes de Pernambuco assumiram seu compromisso e responsabilidade no processo de formação que busque a integralidade no cuidado, tanto nos novos profissionais como no processo de educação permanente dos que já atuam na área estudada.