CONHECIMENTO DAS MÃES SOBRE A PRÁTICA DA ESTIMULAÇÃO PRECOCE EM CRIANÇAS COM MICROCEFALIA POR ZICA VÍRUS: UM ENFOQUE NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores

  • Viviane Maria Patrício de Lucena Oliveira CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Ianka Maria Bezerra Cunha CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • José Luiz Pessoa de Moura CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Paula Cynthia Santos da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Renilton Ventura do Nascimento CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Carla Patríca Novaes dos Santos Fechine CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Meryeli Santos de Araújo Dantas CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Sheva Castro Dantas de Sousa CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

Resumo

INTRODUÇÃO: Com o advento do surto de zica vírus no Brasil, houve um aumento no número de crianças nascidas com microcefalia, causando grandes danos ao desenvolvimento neuropsicomotor. Como consequência, as mães precisam conhecer as técnicas de estimulação precoce para auxiliar no desempenho funcional das crianças. Tendo em vista os problemas encontrados pelo cuidador da criança com microcefalia, foi proposta uma intervenção didática e de fácil entendimento por meio de educação em saúde, com orientações de caráter teórico-práticas para esclarecimento de informações importantes acerca da estimulação precoce e microcefalia, para que haja uma ação de suporte e uma melhoria na qualidade de vida da criança e cuidador. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A amostra foi composta por oito mães de crianças com microcefalia atendidas em um centro de reabilitação no município de João Pessoa, no mês de novembro de 2016.Foram realizados três encontros, onde o primeiro momento caracterizou-se por uma entrevista com as mães das crianças, através do preenchimento de um questionário abordando aspectos clínicos e epidemiológicos, além de perguntas norteadoras acerca dos temas: O que é a microcefalia, se elas tinham conhecimento sobre o que era a Estimulação Precoce e se trabalhavam a estimulação precoce em seus filhos (as).Mediante os resultados obtidos no primeiro contato com as mães, foi sentido a necessidade de esclarecer as questões abordadas durante a entrevista, já que a maioria delas relatou não saber do que se tratava a microcefalia e também a estimulação precoce. Para tanto, foi definido que seria necessária estratégia de intervenção através de uma mini palestra e cartilhas de orientação sobre a estimulação precoce e construção de um dado sensorial com o intuito de ensinar ás mães a importância do brincar nesse processo de estimulação. IMPACTOS: O Instrumento utilizado foi um questionário com 4 (quatro) questões abertas elaboradas previamente, contendo as seguintes perguntas: "Com relação á cartilha de orientações, qual a sua percepção sobre ela?", "O que você achou da estrutura da cartilha e do conteúdo nela contido?", "Hoje, você sabe o que é estimulação precoce e a importância dela na vida do seu (sua) filho (a)?", "O quanto a participação dos pais é importante no tratamento?". A aquisição dos conhecimentos básicos sobre o tema possibilitou que as mães não apenas esperem as ações oferecidas pelo serviço especializado das quais são beneficiadas, mas sim, mediante ao que aprenderam a respeito das técnicas de estimulação, se tornem cada vez mais envolvidas e conscientes da sua própria intervenção enquanto cuidadora. Isso possibilita o acompanhamento e entendimento das etapas de desenvolvimento do bebê. Ainda foi relatado que o dado sensorial fornecido pelo grupo se mostrou acessível e bem aceito pelos bebês, contribuindo assim com a estimulação precoce e potencializando o trabalho na promoção do desenvolvimento da criança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, faz-se necessário elaborar e ofertar recursos educativos e terapêuticos direcionados aos cuidadores para potencializar ações presentes no serviço especializado de crianças com microcefalia; especialmente as ações de orientação aos pais para que possam ser inclusos em um processo participativo e multidisciplinar e assim minimizar prejuízos no desenvolvimento sensório motor.