O USO DA CIF PARA CARACTERIZAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES CRÍTICOS EM UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA

Autores

  • Taís Gonçalves Lima ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS/ SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SESDF
  • Priscilla Barbosa ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS/ SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SESDF
  • Guilherme Pacheco Modesto ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS/ SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SESDF
  • Renato Valduga ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS/ SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SESDF
  • ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS/ SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SESDF

Resumo

INTRODUÇÃO: Em 2001 a Organização Mundial de Saúde propôs a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), com o objetivo de estabelecer uma linguagem universal que caracteriza a funcionalidade do indivíduo a partir de um modelo biopsicossocial, sob os domínios de funções e estruturas do corpo, atividade, participação, fatores pessoais e ambientais. O fisioterapeuta trabalha constantemente com a avaliação da funcionalidade em todos os níveis de complexidade assistencial, desde a atenção primária até a atenção terciária, inclusive nas unidades de urgência e emergência. A inserção da CIF na prática clínica dos fisioterapeutas é determinada pela resolução nº 370/2009 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), na qual fica estabelecida que este profissional deve utilizar esta ferramenta dentro de suas competências institucionais, porém o uso desta ainda não é plenamente explorado. Foi objetivo portanto deste trabalho elaborar uma rotina de avaliação da funcionalidade e registro diário com os códigos da CIF em pacientes críticos internados em unidade de emergência. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Após prévia revisão da literatura e debate entre seus membros, a equipe de fisioterapeutas da Unidade de Emergência do Hospital Regional da Ceilândia-DF propuseram e adotaram uma rotina diária de monitorização, avaliação e caracterização da funcionalidade dos pacientes, padronizando a utilização de escalas e medidas como a Escala de Coma de Glasgow (nível de consciência), Intensive Care Unit Mobility Scale (mobilidade), Medical Research Council Sum-Score (força muscular), Índice de Oxigenação (troca gasosa), medidas de complacência estática e resistência das vias aéreas (mecânica pulmonar), dentre outras, e construindo também um registro padronizado em prontuário utilizando-se de codificação da CIF para descrição das característica relacionadas á funcionalidade, bem como para elaboração do diagnóstico fisioterapêutico e planejamento terapêutico. IMPACTOS: Com a implementação desta rotina pode-se observar a uniformização da nomenclatura utilizada na comunicação formal entre a equipe, das características da funcionalidade avaliadas na prática pelos fisioterapeutas (levando em consideração que esta é formada por profissionais com diferentes anos de experiência, entre funcionários dos serviço e residentes de Fisioterapia), continuidade do planejamento terapêutico dos pacientes uma vez que houve um entendimento comum das suas características e determinantes da funcionalidade, bem como contribuição para a integração teórico-prática para os residentes de Fisioterapia atuantes no serviço. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em um cenário que o fisioterapeuta deve ter uma rápida tomada de decisão, a CIF auxiliou no direcionamento das ações para o efetivo planejamento e acompanhamento da funcionalidade do paciente, bem como, para a unificação da linguagem da equipe.