A RODA DE DIÁLOGO COMO METODOLOGIA ATIVA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE NO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Kaliny Oliveira Dantas UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Thyala de Fátima Bernardino Amorim UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Edilane Mendes de Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Inaldo Barbosa da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Michelle Martins Duarte UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Mariele de Sousa Marques UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Rafaela Alves Dantas UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: A Política de Educação Permanente em Saúde destina-se á transformação do modelo de atenção para que a atenção integral seja a referência do trabalho em saúde. A Educação Permanente em Saúde é uma estratégia político-pedagógica que visa superar as deficiências e limitações na formação dos trabalhadores da saúde, reforçando a relação das ações de formação com a gestão do sistema e dos serviços, o trabalhador da saúde e o controle social. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: No período de 20/04/2017 a 18/05/2017, uma vez por semana era realizada uma roda de diálogo com estagiários do curso de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba, usuários, e trabalhadores de saúde na recepção de uma Unidade Integrada de Saúde da Família (UISF) do município de João Pessoa. Os temas geradores surgiram tanto dos próprios usuários, durante a apresentação inicial dos participantes, quanto dos estagiários através de questões geradoras concernentes ao acolhimento dos serviços de saúde. As falas dos usuários eram transcritas durante o diálogo e em seguida digitadas no WORD(TM). Posteriormente os estagiários faziam uma reflexão conjunta para, a partir das falas obtidas a cada roda de diálogo, problematizar as temáticas e produzir uma sistematização da aprendizagem significativa. IMPACTOS: Devido uma formação universitária fragmentada e reducionista que supervaloriza a assistência curativa, e a carência de experiências acadêmicas em espaços de promoção e prevenção á saúde, inicialmente protagonizamos a atividade com certa insegurança. Porém pudemos perceber que quando se estabelece horizontalidade no diálogo e o profissional está empenhado em compreender o usuário, considerando legítimas suas indignações, é possível construir caminhos mais eficazes para resolução das situações limites. Analisando as falas também pudemos perceber que quando as mudanças são implementadas de maneira vertical, elas não conseguem atender as reais necessidades da comunidade podendo até repercutir de forma negativa na qualidade dos serviços. Daí a importância de gestão participativa no SUS e de metodologias ativas de educação em saúde que estimulem autonomia e empoderamento do sujeito no sentido de promover a corresponsabilidade e fortalecimento do controle social em saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A roda de diálogo se mostra como espaço de construção conjunta para resolubilidade das necessidade de saúde individuais e coletivas, bem como estratégia eficaz para promoção da educação permanente em saúde a medida que conduz os sujeitos a problematização e aprendizagem significativa através da reflexão crítica dos problemas em saúde implicando em uma ação verdadeiramente resolutiva. A participação dos estudantes em espaços que o permitam experienciar as práticas estabelecidas pelas políticas públicas do SUS é de suma importância, pois possibilita que o mesmo amplie a visão quanto sua futura prática profissional, orientando-a para total implementação dos princípios do SUS.