FISIOTERAPIA E CUIDADOS PALIATIVOS NO CÂNCER DE MAMA E UROGINECOLÓGICO: A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM PARTICIPATIVA

Autores

  • Lucy Santos da Cunha CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Jânia de Faria Neves CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Rayara Cássia dos Santos Evangelista CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Amanda Cristiane Pereira da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Marina Oliveira dos Santos Lima CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Ana Rafaela de Almeida Gomes CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Karolina Galdino Neves CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Clara Mabel Pereira da Fonseca CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

Resumo

INTRODUÇÃO: A extensão universitária (EU) se destaca como um dos mais importantes elos entre a comunidade e a universidade. A relação que se estabelece entre elas gera benefícios para todos os envolvidos no processo e permite estabelecer diálogos entre os saberes científicos e popular. A estruturação de uma EU precisa ser pensada para as necessidades reais da comunidade, de forma que gere resultados positivos na tríade ensino, serviço e comunidade. Ao aprendente é dada a oportunidade de vivenciar a realidade da comunidade e, a partir disso, buscar soluções efetivas e partilhadas para a resolução desses problemas. Nesse sentido, a EU torna-se um espaço fecundo para uma aprendizagem participativa. Assim, o objetivo desse relato é descrever uma experiência de projeto de EU destinada á mulheres com câncer de mama e uroginecológico e as estratégias de aprendizagem participativa que podem brotar desse fazer dialógico. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O projeto de extensão Fisioterapia e Cuidados Paliativos no Câncer de Mama e Uroginecológico" iniciou suas atividades em 2017.1. Os atendimentos acontecem todas as teras e quintas-feiras e em dias pré-agendados para as discussões dos estudos de caso (GEC). O formato intencional utilizado para estruturar as atividades foi pensado para que diversas situações problemas surgissem no cenário de prática, identificados pelas alunas ou a pela docente ou as pacientes trouxeram isso como demanda a ser solucionada. A cada terça-feira uma situação problema era disparada. As alunas tinham uma semana para pensar em estratégias para resolve-la e apresentá-las na semana seguinte. As discussões sempre aconteciam no final dos atendimentos e, ao término, elas tinham como tarefa executar o produto dessa discussão, de forma que todas as decisões foram pactuadas pelo grupo. A outra atividade foi a avaliação do impacto dessas ações que, ou confirmavam ser suficientes para resolver as situações problemas, ou revelam a necessidade de repensar novas formas de solucionar os entraves encontrados. Uma avaliação final de processo foi realizada ao término do semestre letivo para avaliar o impacto dessa estratégia. IMPACTOS: Os impactos mais substancias observado se relacionam ao perfil e identidade profissionais estimulados e a mudança no cuidado prestado. A partir da vivência em uma EU dessa natureza é possível lidar, ainda, com conceitos como luto, morte, finitude, limites de atuação, importância do trabalho em equipe, subjetividades da experiência de adoecimento e, dessa forma, compreender a pluralidade e complexidade do cuidar em saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da avaliação do processo, percebe-se com nitidez como esse tipo de estruturação de uma EU renova a forma de se compreender e exercer a docência. Ao mesmo tempo, faz emergir um cenário com alta capilarização de oportunidades de aprendizagem, respeitando a pluralidade de cada ator inserido no processo de ensino e aprendizagem. Isso fica ainda mais fácil de ser atingido considerando que a EU não tem um calendário e um formato pré-definidos, a exemplo das atividades curriculares. O resultado é a formação de consciência ética e de um perfil de egresso ativo, resolutivo e com potencial para realizar mudanças efetiva junto á comunidade.