INTERAÇÃO ENSINO-SERVIÇO: EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA COMUNITÁRIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Autores

  • Raycia C. P. de Souza INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ
  • Caio D. Tintel da Silva INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ
  • Larissa de Melo da Silva INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ
  • Letícia Rodrigues V. Medeiros INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ
  • Jullyana Rodrigues J. Macedo INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ
  • Dayanne Catherine M. Souza INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ
  • Ednéia Aparecida Leme INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ
  • Ana Claudia Barbosa INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ

Resumo

INTRODUÇÃO: No contexto da formação de recursos humanos em saúde é imprescindível preparar os egressos para atuar em equipe na perspectiva da resolutividade e da atenção integral á saúde. Para tanto a organização curricular carece ser inovadora, de modo a dar visibilidade á complexidade das demandas existentes nos serviços de saúde. A interação ensino-serviço na Atenção Básica (AB) pressupõe o trabalho coletivo, com a participação de estudantes, professores e trabalhadores que compõe as equipes de saúde visando á qualidade de atenção, da formação profissional e a satisfação dos trabalhadores. A disciplina Fisioterapia Comunitária articula-se com a disciplina de Estagio I, na AB, desenvolvendo ações que promovam a interação ensino-serviço e contribuam para a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS. O presente trabalho apresenta um Projeto de Intervenção realizado pelos alunos da citada disciplina, estagiários de uma Clínica da Família (CF) do município do Rio de Janeiro. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de vivência desenvolvida no 1º semestre/2017, cujo objetivo foi identificar pontos críticos da realidade da CF onde o estágio é realizado e propor, a partir do ponto chave escolhido, estratégias que contribuíssem para a qualificação do serviço. Foi utilizada a Metodologia da Problematização, seguindo o percurso do Arco-Maguerez. Destacou-se como ponto crítico a necessidade de colaborar com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para a organização de um fluxograma que propiciasse melhor compreensão dos processos de funcionamento da CF por parte dos usuários. Como hipótese de solução recorreu-se a realização de uma Oficina envolvendo o maior número possível de ACS de cada equipe. O disparador da discussão foi uma Situação Problema (SP) com as principais demandas vivenciadas no cotidiano dos ACS, tais como: a necessidade do cadastramento dos pacientes, triagem para os atendimentos médico, fisioterapêutico, da nutrição, entre outros. Objetivou-se com a SP discutir o papel do ACS no acolhimento e encaminhamentos realizados, a importância da comunicação e informação para a resolutividade dos problemas saúde; o papel de um Fluxograma. A discussão da SP foi realizada numa Roda de Conversa explorando as experiências dos ACS, as possíveis formas de orientar os usuários para a utilização dos serviços disponíveis, a diferença entre as equipes. Durante a discussão foram destacados os principais nós no fluxo dos usuários. A seguir foram propostas algumas estratégias para o atendimento dos usuários dentro da CF, as quais foram diagramadas pelos ACS para a construção do fluxograma. A proposta final foi levada á Gestão do Serviço para ser analisada e aprovada, a fim de que pudesse ser exposta na recepção da CF. IMPACTOS: O trabalho possibilitou a sistematização dos serviços ofertados na CF materializados no Fluxograma proposto. Permitiu aos ACS perceberem sua importância no processo de comunicação, informação e acolhimento e desses para a eficácia dos serviços ofertados. Promoveu a corresponsabilização de estagiários e ACS para a qualidade do serviço. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Envolver os ACS no processo de interação ensino-serviço demonstra seu papel como elo entre a comunidade e a CF, fortalece o conceito de equipe e contribui para a qualidade da gestão e do serviço.