ESPAÇO FISIO NASF SCHROEDER - UMA PRÁTICA DE ACOLHIMENTO NO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA

Autores

  • Adriane Ester Huch PREFEITURA MUNICIPAL DE SCHROEDER
  • Denise Erig Rocha De Souza PREFEITURA MUNICIPAL DE SCHROEDER
  • Thaís Roberta Schauffert PREFEITURA MUNICIPAL DE SCHROEDER

Resumo

INTRODUÇÃO: A experiência relatada acontece no município de Schroeder, interior de Santa Catarina, com estimativa de 16.248 habitantes (DATASUS, 2012). Possui atualmente 5 equipes de ESF (Estratégia Saúde da Família), uma Unidade Básica de Saúde e uma equipe de NASF 2 (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) Federal, composta por uma farmacêutica, uma fisioterapeuta e uma psicóloga. Conforme CAMPOS (1999), o Apoio Matricial é um arranjo de gestão que possibilita a organização das ações de saúde, potencializa a interdisciplinaridade e a ampliação da clínica, estimula a troca de saberes, aumenta o compromisso das equipes com a produção de saúde, amplia os vínculos, racionaliza o acesso à atenção especializada e o uso de recursos. Dentro de tal perspectiva, o NASF busca colaborar na construção de redes de atenção e cuidado de forma corresponsabilizada com as equipes de ESF. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O espaço fisio surgiu devido a necessidade de gerenciar os pedidos de fisioterapia e da equipe NASF estar mais presente nas ESF, além de oferecer uma atenção mais integral aos usuários. Foi pactuado junto as equipes apoiadas que todas as requisições de fisioterapia, procedentes da Atenção Básica ou especialidades passariam por uma consulta de acolhimento com a fisioterapeuta do NASF, que tem como objetivo realizar avaliação dos usuários com encaminhamentos para fisioterapia. O fisioterapeuta realiza atendimento individual ou compartilhado com os profissionais das equipes, junto às Unidades de Saúde da Família, ou a domicílio, quando necessário, semanalmente. Cada equipe de saúde decide juntamente com o fisioterapeuta do NASF os atendimentos, baseados nas questões de urgência e critérios de prioridade. Ao chegar no ESPAÇO FISIO, o paciente é acolhido pelo fisioterapeuta, que após avaliação e diagnóstico cinesiofuncional faz as orientações ao paciente e/ou aos familiares com relação aos cuidados necessários para sua recuperação. O paciente é orientado a seguir para uma das quatro opções de atendimento disponíveis atualmente no município: orientações e/ou acompanhamento do paciente pelo fisioterapeuta na própria ESF; monitoramento pelas equipes de ESF; encaminhamento para grupos terapêuticos e de promoção de saúde; encaminhamento para clínica de fisioterapia credenciada pelo SUS. Todos os procedimentos são registrados no prontuário dos pacientes, possibilitando o acesso às informações a todos os profissionais que estiverem em atendimento a estes, posteriormente. Após o término dos atendimentos do dia, o fisioterapeuta se reúne brevemente com alguns dos profissionais da equipe a fim de compartilhar as informações, e em segundo momento com todos os membros da equipe, no encontro de matriciamento, que ocorre mensalmente. IMPACTOS: Após 15 meses de experiência, observou-se a redução do tempo de espera para atendimento em mais de 50 por cento, melhora do vínculo entre ESF, NASF e comunidade e aumento da resolutividade dos casos pela atenção básica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verificando-se o reflexo que essas mudanças vêm provocando na organização do serviço de fisioterapia, as quais têm-se refletido na melhoria da qualidade do serviço prestado à população no que se refere à agilidade do processo e integralidade da atenção, reitera-se a efetividade desta iniciativa para o serviço.