CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DAS MULHERES ATENDIDAS NO LABORATÓRIO DE FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA DA UNIFAP

Autores

  • Carina Sena FIGUEIREDO Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Isadora Oliveira Freitas BARBOSA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Maggy Atsuko Vilhena GONÇALVES Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Agda Ramyli da Silva SOUSA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Natalia Abbenante Ferraz MATOS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Adilson MENDES Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.

Palavras-chave:

Incontinência urinária, fisioterapia, perfil de saúde, parto normal.

Resumo

Introdução: A incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária de urina, classificada de acordo com os sintomas apresentados, sendo os mais comuns a IU de esforço (IUE), IU de urgência (IUU), e IU mista (IUM), causando impacto físico, psicológico e social, afetando diretamente a qualidade da vida. Em 2005, a Sociedade Internacional de Continência indicou a fisioterapia como o tratamento de primeira linha para a IU, devido a sua alta efetividade, segurança, baixo custo e baixos riscos. Objetivo: Descrever o perfil das mulheres avaliadas pela equipe de fisioterapia, com dados sociodemográficos e clínicos relacionados à IU. Materiais e Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo e transversal, realizado a partir das informações contidas nos prontuários de pacientes avaliadas pela equipe de Fisioterapia do laboratório de Uroginecologia do curso de Fisioterapia, entre agosto de 2016 a setembro de 2017. O projeto incluiu atendimentos de fisioterapia uroginecológica, realizados duas vezes por semana, com duração de uma hora cada sessão, totalizando 24 sessões por paciente. As pacientes foram encaminhadas pela equipe médica de uroginecologia da maternidade pública do estado. Utilizou-se estatística descritiva, com distribuição de frequência e proporção, (Software Excel V14). Resultados: Foram analisados 97 prontuários, a média de idade das pacientes foi de 51 anos (±13,4), sendo 18,6% entre 20 a 39 anos, 53,6% dentre 40 a 59 anos e 27,8% com mais de 60 anos. Quanto à etnia, 63% se consideraram pardas, 20% brancas, 15% negras e 1% amarela e 1% indígena. A maioria das participantes era multíparas (95%), destas, 90% via parto vaginal, e 25,4% realizados com parteiras. As 97 pacientes totalizaram 461 gestações, com média de 4,5 partos cada uma, com peso médio de 3,6 Kg (±1,0) do maior recém-nascido. O tipo de incontinência com maior prevalência foi a IUM com 80,4%, seguida pela IUU com 13,4% e IUE com 6,2%; a noctúria esteve presente em 95% da amostra, com frequência média de 3 (±2,1) micções. Conclusão: Observou-se neste levantamento, que 71,7% das mulheres com IU tem menos de 60 anos, 63% consideram-se pardas, e tiveram em média 4,5 partos por via vaginal. Com este perfil de mulheres incontinentes, poderemos desenvolver intervenções futuras preventivas e reabilitadoras para a IU nos serviços públicos de saúde.