A PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS SOBRE A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM TODOS OS NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE

Autores

  • Alini Nunes De Oliveira Universidade Federal do Mato Grosso do Sul- UFMS
  • Arthur Duarte Universidade Federal do Mato Grosso do Sul- UFMS
  • Mirelli De Sena Xavier Universidade Federal do Mato Grosso do Sul- UFMS
  • Maria Luzia Barrionuveo Magi Universidade Federal do Mato Grosso do Sul- UFMS
  • Wilson Franco De Souza Universidade Federal do Mato Grosso do Sul- UFMS
  • Vinicius Santos Sanches Universidade Federal do Mato Grosso do Sul- UFMS
  • Gustavo Christofolleti Universidade Federal do Mato Grosso do Sul- UFMS

Resumo

INTRODUÇÃO: A fisioterapia é uma profissão recente no Brasil, onde historicamente as áreas de atuação eram limitadas apenas a hospitais e clínicas de reabilitação. Com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), os cursos de graduação em fisioterapia, assim como outros cursos da área da saúde - sofreram mudanças na formação profissional. Segundo as DCN´s, o fisioterapeuta deve ter uma formação generalista, humanista, reflexiva e crítica capacitado a atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual, capaz de ter como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades. OBJETIVOS: Conhecer a percepção de usuários sobre a atuação do fisioterapeuta em todos os níveis de atenção à saúde no município de Campo Grande. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo transversal, por meio de entrevista, com a participação de 40 usuários internados no setor de Neurologia, Cardiologia e Ortopedia, no Hospital Beneficente Santa Casa Campo Grande. Utilizou-se um questionário com questões objetivas e dissertativas. Para a aplicação foram adotados critérios de inclusão de homens e mulheres acima dos 18 anos de idade, lúcidos e aqueles que aceitassem participar da pesquisa. Foram excluídos as pessoas inconscientes, não-lúcidas, incapacitadas de comunicação no momento da pesquisa e aqueles que negaram. Os resultados foram inseridos em planilha de dados, e analisados por meio da estatística descritiva. RESULTADOS: De acordo com os entrevistados 27,5% eram do sexo feminino e 72,5% masculino. Em torno de 70% afirmaram que sabiam o que era fisioterapia, 17,5% responderam que não sabiam e 12,5% não responderam. Da amostra, 50% classificou o fisioterapeuta como profissional que trabalha com movimento; 25% com reabilitação, 15% com exercícios físicos e 7,5% não responderam. Em relação à atuação do fisioterapeuta 87,5% assinalaram reabilitação, 72,5% recuperação de lesões de atletas, 62,5% promoção de saúde, 55% educação em saúde, 50% massagem, 42,5% prevenção de doenças, e 35% UTI. Quanto ao atendimento de fisioterapia antes da internação, 47,5% já precisaram de atendimento, 50% não necessitaram de atendimento e 2,5% não responderam. Em relação ao atendimento, 25% asseguraram estar recebendo um bom atendimento fisioterapêutico no hospital; para 12,5% estava sendo ótimo e 62,5% não responderam. Sobre o atendimento em UBS, 55% não sabiam se havia atendimento na UBS do bairro onde moram, 42,5% contestaram que não tinha e 7,5% afirmou que sim. No caso de ter precisado de fisioterapia o motivo de não ter feito para 17,5% seria a falta de vaga, 15% dificuldade de locomoção, 7,5% não seria necessário, 5% porque seria pago, 5% demora no atendimento, 2,5% porque não tinha no SUS, 2,5% e 25% por outros motivos. CONCLUSÃO: Os resultados vislumbram o conhecimento dos usuários do SUS frente às ações do fisioterapeuta, embora ainda prevaleça à visão clássica da atuação na reabilitação. Já se reconhece que as ações como promoção de saúde e prevenção de agravos fazem parte das praticas da fisioterapia, e o atendimento foi avaliado positivamente pelos usuários.