EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE NO PACIENTE CRÍTICO: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Autores

  • Bruno Soares ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Edmar Silva Miranda ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Gabriel Cristian Rosa de Souza ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Isabelle Abreu dos Santos ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Letícia Callegari Contarato ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Letícia Medeiros Ventura ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Paula Gomes Locateli ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Priscila Rossi de Batista ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: O período de imobilismo no leito de pacientes críticos prejudicial pois diretamente sua função osteomioarticular, bem como sua capacidade respiratória, além de influenciar no aspecto psicológico e cognitivo. A fisioterapia, neste contexto, atua através da mobilização precoce, com protocolos que contribuem de forma efetiva na melhora destes pacientes. Objetivo: Investigar as evidências científicas na literatura que abordem a MP. Todavia, pouco é conhecido acerca da abordagem terapêutica através de MP nos hospitais brasileiros. Metodologia: A pesquisa foi realizada por meio das bases de dados Scielo, MedLine e PubMed, com publicações no período de 2010 a 2018, através dos seguintes termos: paciente crítico, estado terminal, recursos terapêuticos e exercícios terapêuticos. Resultados: Pode-se concluir que, os protocolos de exercícios para a MP são de extrema importância para a recuperação do paciente em estado crítico e. além de ajudarem no tratamento musculoesquelético, cardiorrespiratório, reduzem o tempo de internação e também ajudam na recuperação psicológica desses pacientes. Conclusão: Foram encontrados inicialmente 76 artigos; assim, foram selecionados 10 em virtude do nível de evidencia. Destes, 8 são revisões literárias (sendo 1 revisão sistemática) e 2 artigos originais (sendo 1 ensaio clínico). Diante do estudo dos artigos, constatou-se que a MP proporciona grandes benefícios para os pacientes, através de técnicas fisioterapêuticas como cinesioterapia, eletroestimulação, deambulação, mobilização passiva, ativa e resistida, alongamentos globais e o uso do cicloergômetro, caracterizam por beneficiar a função osteomioarticular. Silva, Maynard e Cruz (2010), perceberam, através de uma análise dos protocolos fisioterapêuticos, uma melhora funcional significativa nos pacientes. Ferreira et al (2016) mostrou que mesmo havendo divergências entre alguns autores quanto as técnicas a serem utilizadas, todos concordam que há uma diminuição do tempo de permanência no ventilador mecânico, melhorando, dessa forma, o quadro clinico do paciente. Carvalho e Oliveira (2014), evidenciam o notório avanço na recuperação e prevenção de doenças como a Síndrome da imobilidade prolongada. Feliciano et al (2012) concluiu que não houve redução no tempo de VM e de internação, em pacientes submetidos ao protocolo de MP; no entanto esses mesmo pacientes evoluíram com ganho de força muscular inspiratória e periférica, e tiveram alta hospitalar com alto nível de funcionalidade. Santos et al (2015) teve como objetivo identificar a relação de relevância dos procedimentos de MP realizados por fisioterapeutas e o tempo de internação dos enfermos, reforçando a importância da terapia de MP em pacientes críticos. Silva e Oliveira et al (2015) mostraram que a MP trouxe inúmeros benefícios para os pacientes, como aumento de força muscular periférica e da pressão inspiratória máxima, menor número de dias de internação, além de terem proporcionado uma melhor funcionalidade pós-alta. Baron, Carvalho e Cardoso (2016) constam uma melhora dos pacientes durante o teste de caminhada de 6 minuto, aumento da PImáx e redução do grau de dispneia e fadiga muscular. Silva et al (2016) mostra que a MP parece minimizar a perda das habilidades de desordens funcionais, com resultados favoráveis para a prevenção e o tratamento de desordens neuromusculares decorrentes da maior sobrevida dos pacientes e permanência prolongada no leito.