LOMBALGIA X QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONALIDADE EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Autores

  • Daiane Cristine Santos UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Kátia Marques UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Marcelly Barbieri UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Lúcia Gil UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Karla Kristine Dames UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Paula Morisco de Sá UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

Resumo

Introdução: Com a criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), aconteceu a criação e regulamentação da profissão dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), profissionais esses que são o elo entre a comunidade e o Sistema Único de Saúde (SUS), visando diminuição da mortalidade e qualidade de vida da população. A penosidade do trabalho do ACS está associada a longas distâncias percorridas, sob condições climáticas adversas, visitando famílias em estado de vulnerabilidade, presenciando situações de violência, frequentemente em áreas de risco, locais insalubres e pontos de tráfico de drogas. Diante desse perfil ocupacional, a sobrecarga de trabalho é parte da rotina desses sujeitos, e pode estar associada à presença de dor e queda na qualidade de vida. A lombalgia ocupacional é descrita como a maior causa isolada de transtorno de saúde relacionado com o trabalho e de absenteísmo. Com relação direta sobre a qualidade de vida. Considerando os dados descritos acima, é possível que a dor lombar seja um sintoma frequente nos ACS, sendo fundamental para buscar melhorias nas condições de saúde, pois as associações com as condições inerentes a rotina de trabalho e dores podem ter impacto na qualidade de vida dos mesmos. Objetivo: Avaliar a frequência da dor lombar e as associações desta com a incapacidade funcional e qualidade de vida em Agentes Comunitários de Saúde da região do Rio de Janeiro. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e qualitativo, do qual participaram 40 ACS de três Clínicas da Família do Rio de Janeiro, nos bairros Guadalupe e Realengo. Como instrumento de avaliação foram utilizados o questionário WHOQOL-Bref para medir a qualidade de vida, questionários Morris e Oswestry para avaliação funcional da coluna lombar e um questionário que avalia os movimentos cinesiológicos dolorosos da coluna lombar e pelve. Resultados: Observou-se que 87,5% dos ACS eram mulheres adultas, que o movimento mais doloroso em relação à mobilidade da coluna vertebral foi a flexão (40%). Em relação ao WHOQOL-Bref, o domínio que apresentou menor pontuação foi o Meio Ambiente (3,07). A presença de dor interferiu na capacidade funcional e na qualidade de vida dos sujeitos avaliados. Conclusão: A dor lombar, principalmente no movimento de flexão, constitui importante fator de comprometimento da QV e capacidade funcional dos ACS avaliados neste estudo, apontando também que o domínio de meio ambiente é o mais afetado.