PROGRAMA DE ATENÇÃO AS NECESSIDADES DA CRIANÇA ESPECIAL

Autores

  • Cleide Câmara Souza UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Newton Almeida Lima Junior UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Álvaro Camilo Dias Faria UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Carolina Martins Brandão Almeida UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Larissa Moraes Lopes UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO

Resumo

Introdução: O desenvolvimento da criança envolve aspectos biológicos e psicológicos que dependem da maturação do Sistema Nervoso Central (SNC), devendo ocorrer um desenvolvimento em paralelo do potencial genético em uma íntima relação com as condições ambientais. Toda criança necessita de estímulos do meio em que vive e a criança com atraso do desenvolvimento psicomotor por disfunção neurológica apresenta-se também com a mesma necessidade de estímulos do meio. Observamos assim que o desenvolvimento da criança está diretamente vinculado à relação harmoniosa que ela estabelece com o seu habitat e sobretudo da qualidade estabelecida neste relacionamento de integração das percepções sensoriais, seja no exercício de comportamentos originados no âmbito motor, mental e afetivo, que acontecem durante os atendimentos de fisioterapia, seja no âmbito domiciliar em atividades de rotina junto com o responsável da criança. Descrição: O programa de atenção a criança especial - foi criado em junho de 2018 a partir da necessidade dos pais e/ou responsáveis de receber informações sobre os cuidados especiais de suas crianças no ambiente familiar. Para contemplar tal necessidade realizou-se um questionário com 02 perguntas para os pais e/ou responsáveis de vinte (20) crianças atendidas duas vezes (2x) por semana no Núcleo de Estimulação precoce - NEP, para que pudéssemos identificar as principais necessidades, dos pais e/ou responsáveis, de orientação e de treinamento no cuidado da criança especial em casa e assim, promover a Primeira reunião do Programa de atenção a criança especial. Percebemos, pelas respostas ao questionário, que a orientação sobre alguns aspectos relacionados a hora do banho, hora das refeições, das atividades lúdicas e ainda, um treinamento para ensinar posicionamento para atividades simples no lar como assistir tv, carregar no colo, vestir-se, entre outros apontamentos eram as maiores dúvidas. A reunião para orientação e treinamento foi feita com todos os pais e/ou responsáveis sentados no chão em círculo com as crianças a sua frente, sendo orientados por acadêmicos de fisioterapia que utilizaram um boneco para demonstração das posturas. Impactos: Observamos que durante o treinamento os pais e/ou responsáveis apresentaram dificuldades para reproduzirem as posturais nas crianças considerando o medo, de não conseguirem ou de machucarem as mesmas. Todavia, sentiram-se a vontade para repetir quantas vezes julgaram necessários para reforçar a aprendizagem naquele momento. Nesta oportunidade surgiram outros questionamentos que serão explorados em outra reunião, reforçando a importância deste momento. Considerações: A criança quando estimulada pela mãe e/ou responsáveis em seu ambiente familiar, apresenta possibilidades de se desenvolver no aspecto sensório-motor de uma forma mais eficiente que outras crianças que apenas recebem o atendimento duas vezes na semana no setor de fisioterapia. Neste contexto, considerando nossa primeira experiência observamos que a partir das orientações oferecidas por este programa aos responsáveis houve modificações de grande relevância no que se refere à rotina domiciliar, a compreensão da importância do contato familiar e da participação da criança nas atividades de vida diária.