PROJETO MOVA-SE - HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA

Autores

  • Letícia Guimarães Peyneau ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Richardson Morais Camilo ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: A mobilização precoce de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um procedimento seguro, viável e benéfico. No entanto, sua implementação como parte dos cuidados de rotina é um grande desafio assim como identificar barreiras à mobilização precoce e discutir estratégias para superá-las. Devemos lutar pela implementação de diretrizes de mobilização precoce, uso de protocolos de mobilidade, treinamento interprofissional, educação continuada e envolvimento da equipe relacionada a assistência ao paciente. Para implementar com sucesso a mobilidade precoce na prática clínica, devemos usar estratégias direcionadas e abordagem interprofissional para mudar a cultura nas nossas UTIs. Ultimamente, embora a mobilização precoce seja conhecida por ser segura e benéfica, ainda existem algumas barreiras à sua implementação. Descrição: Descrever a experiência de um fisioterapeuta assistencialista da UTI do HSCMV sobre o projeto de extensão intitulado Mova-se". O projeto "Mova-se" é realizado pelos alunos de fisioterapia com a orientação de uma professora e dois fisioterapeutas das UTI's do HSCMV e demonstra-se importante ao proporcionar aprendizado sobre a fisioterapia no campo hospitalar, onde a atuação do fisioterapeuta é de fundamental importância e bem documentada na literatura científica, levando o aluno e a todos integrantes da equipe da UTI e das enfermarias a maior consciência do trabalho fisioterapêutico da prevenção até a reabilitação trazendo a consciência os efeitos deletérios do imobilismo, inclusive quando pensamos no futuro do paciente pós-UTI. Os alunos foram divididos em 3 grupos, atuam 5 dias na semana com carga horária de 4 horas diárias. Os alunos aplicam uma ficha de avaliação nos pacientes que consta: diagnóstico clínico, análise dos critérios de segurança, escala de funcionalidade FSS-ICU (Functional Status Score for the Intensive Care Unit) e a escala de Força Muscular de Kendall. Feito isso, é aplicado o protocolo de mobilização precoce feito pelos alunos juntamente com os professores baseado na literatura. No dia da alta do paciente é aplicado novamente as escalas FSS-ICU e a Escala de Força Muscular de Kendall para comparação dos efeitos da mobilização precoce. Todos os alunos envolvidos nesse projeto receberam orientações, foram treinados e acompanhados diariamente por um fisioterapeuta. " Impactos: Esse trabalho vem com um conceito de melhoria na qualidade da assistência terapêutica com o objetivo de comprovar os benefícios, melhorar o envolvimento da equipe multidisciplinar nesse processo e sugerir o aumento da frequência de mobilização de forma precoce e segura em nossas UTIs. Como processo da construção de tais benefícios, é de extrema importância o conhecimento da percepção dos alunos, dos profissionais, dos pacientes e dos acompanhantes, principalmente relacionadas as barreiras à mobilização precoce. Considerações: Como fisioterapeuta assistencialista, desde o início desse projeto, tenho como percepção uma melhoria na mobilidade e independência dos pacientes nos leitos e fora dele, melhora na condição cardiorrespiratória, como também no humor dos pacientes, na perspectiva de vida, redução do tempo de internação e maior entendimento e valorização pela equipe médica e de enfermagem do setor. Todos esses resultados nos trazem maior satisfação profissional e torna o ambiente de Terapia Intensiva mais humano.