AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE E A FUNCIONALIDADE FAMILIAR DE IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE VITÓRIA-ES

Autores

  • Alaércia de Melo Recla ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Rafaela Guio Suzana ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Maria Carolina Pereira ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA

Resumo

Introdução: A autoavaliação do estado de saúde é um dos indicadores recomendados pela OMS para avaliar a saúde das populações, entre elas, os idosos. Diante de sua característica multidimensional, diversos fatores podem influenciar a avaliação do estado de saúde como aspectos da saúde física, cognitiva e emocional. O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenção e a integridade física e psicológica do indivíduo. Seu efeito é tido como benéfico no membro da família que o recebe, na medida em que o suporte é percebido como disponível e satisfatório, a autoavaliação de saúde do idoso pode-se tornar positiva. Desta forma, compreende-se ser fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensão de seu contexto familiar. Objetivo: Comparar a autoavaliação de saúde e a funcionalidade familiar de idosos assistidos por uma Unidade de Saúde da Família de Vitória-ES. Metodologia: Procedeu-se um estudo quantitativo do tipo transversal com idosos de uma Unidade de Saúde da Família de Vitória, onde foi selecionada uma amostra probabilística aleatória de 187 idosos com 60 anos ou mais, submetidos a entrevista semiestruturada entre abril e junho 2018. Foram coletadas variáveis para caracterização da funcionalidade familiar e capacidade funcional. Para a classificação da funcionalidade familiar foi utilizado o APGAR familiar onde apresenta cinco domínios nos quais são atribuídos valores de 0, 1 e 2 pontos, sendo 0 para "nunca", 1 para "algumas vezes" e 2 "para sempre". Na análise inferencial, a boa funcionalidade familiar foi expressa por escores maior/igual 7 e a alteração da funcionalidade familiar por escores menores de 7 pontos. Para verificar a autoavaliação de saúde, foi questionado de forma simples ao idoso sua percepção em relação a sua devida saúde, considerando-a como ótima, boa, razoável ou ruim/péssima. Realizou-se a análise dos dados de forma descritiva e de forma inferencial através do teste do Chi-quadrado de Pearson, sendo a funcionalidade familiar a variável dependente. Foi realizado ainda o teste do Chi-quadrado residual para as variáveis que se demonstraram estatisticamente significantes. Resultado: Dos 187 idosos entrevistados, 74% apresentam boa funcionalidade familiar e 56% dos idosos relataram ótima ou boa autoavaliação de saúde. Verificou-se associação de (p=0,001) do autorrelato de autoavaliação de saúde ruim ou péssima com funcionalidade familiar. Conclusão: A maior parte dos idosos consideram sua saúde como ótima/boa e a funcionalidade familiar dos idosos se mostrou, em sua maior parte, preservada. Esse fato reflete que a atenção familiar dedicada à saúde do idoso pode talvez de alguma mudar sua perspectiva em relação a sua condição de saúde e buscar a garantia de um envelhecimento saudável e o estimulo para uma vida mais ativa e social aos longevos.

Publicado

26-09-2019