INFLUÊNCIA DE UM PROTOCOLO DE TREINO EM ESTEIRA ALIADO AO FORTALECIMENTO MUSCULAR SOBRE A ATIVIDADE ELÉTRICA MUSCULAR E A FORÇA MUSCULAR EM UM INDIVÍDUO HEMIPARÉTICO CRÔNICO

Autores

  • Carolina Zuqueto Flôres UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
  • Marta Medeiros Frescura Duarte UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
  • Núbia Broetto UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

Resumo

Introdução: A hemiparesia está entre as principais sequelas que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) pode ocasionar, essa é caracterizada pela diminuição da força ou paralisia parcial do hemicorpo contralateral à lesão. A fraqueza muscular pode resultar em diminuição da atividade física e alterações no desempenho da marcha, destacando-se a redução na velocidade, o aumento da assimetria e do gasto energético. Várias causas da fraqueza muscular têm sido descritas, como a atrofia muscular com redução no tamanho das fibras tipo II, a diminuição do número de unidades motoras recrutadas durante o exercício dinâmico e a capacidade oxidativa do músculo parético. Assim, um treino de exercício aeróbico aliado ao fortalecimento muscular de MMII pode ter influência sobre os aspectos de força e atividade muscular. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar a influência de um protocolo de treino em esteira aliado a exercícios de fortalecimento para os membros inferiores (MMII) sobre a força muscular isométrica e atividade elétrica muscular de grupos/músculos dos MMII em um indivíduo com hemiparesia advinda de um AVE. Metodologia: O participante desse estudo - sexo masculino e 43 anos de idade - apresenta hemiparesia crônica à esquerda por conta de um AVE isquêmico, ocorrido em 2015. O protocolo proposto foi um treino aeróbico em esteira ergométrica associado ao fortalecimento muscular de MMII o qual foi realizado em 12 sessões, por 6 semanas e com uma frequência de 2 vezes na semana. A força muscular isométrica dos grupos: flexores de quadril, flexores de joelho e dorsiflexores de tornozelo foi mensurada por meio de um dinamômetro digital portátil e a atividade elétrica dos músculos reto femoral, bíceps femoral e tibial anterior através de um eletromiografo com dois canais e eletrodos de superfície pré-gelificados. Tanto a força muscular (FM) como a atividade eletromiográfica foram avaliadas/reavaliadas bilateralmente. Resultado: Obteve-se melhora na força e atividade elétrica muscular de todos os grupos musculares/músculos avaliados, com exceção da FM para flexores de quadril do lado parético. Segundo a literatura, os flexores de quadril são músculos menos afetados, no que tange a FM, assim o treino proposto pode não ter sido suficiente para apresentar ganhos, além disso, o exercício proposto para a ativação de flexores de quadril foi realizado de forma isotônica e sem carga externa, devido às limitações de membros superiores do participante, enquanto a avaliação foi realizada de forma isométrica, o que pode ter influenciado neste resultado. Conclusão: Por fim, pode-se dizer que o protocolo teve influência positiva sobre as duas variáveis avaliadas e, possivelmente, pode ter atuado sobre a funcionalidade do participante, segundo seus relatos.

Publicado

26-09-2019