INTEGRALIDADE NA SAÚDE: VIVÊNCIA DE ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE PERNAMBUCO

Autores

  • Maria Julia de Siqueira e Torres Nunes CENTRO UNIVERSITÁRIO TABOSA DE ALMEIDA
  • Thálita Cavalcanti Menezes da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO TABOSA DE ALMEIDA
  • Belisa Duarte Ribeiro de Oliveira CENTRO UNIVERSITÁRIO TABOSA DE ALMEIDA
  • Juliana Monteiro Costa CENTRO UNIVERSITÁRIO TABOSA DE ALMEIDA

Resumo

Introdução: Entendimento do processo saúde-doença levando em consideração os aspectos biológicos, sociais, ambientais, culturais e espirituais propicia o modelo de atenção pautado em um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a integralidade na saúde. Apesar de seu conceito polissêmico, a integralidade pode ser definida como um conjunto articulado de ações em saúde em todos os níveis de atenção, levando em consideração a complexidade dos sujeitos, de forma individual ou na coletividade. A incorporação na assistência desse princípio doutrinário ainda encontra entraves e um dos fatores que podem fortalecer o seu estabelecimento de forma sólida é uma mudança na formação dos profissionais de saúde. Dentre essas transformações, a inclusão de metodologias ativas e a modificação nos currículos com inserção de práticas desde os ciclos básicos fomentam o raciocínio reflexivo e crítico com ênfase no SUS, conforme preconizam as Diretrizes Curriculares Nacionais. Objetivo: Investigar a vivência da integralidade em saúde na formação de estudantes de fisioterapia. Metodologia: Estudo qualitativo, realizado em uma Instituição de Ensino Superior em uma cidade no agreste de Pernambuco. Foi realizado um grupo focal com estudantes do último período do curso de fisioterapia que estavam finalizando o estágio supervisionado. O debate foi gravado com posterior transcrição e análise dos dados pela Técnica de Análise de Conteúdo Temática, a partir das três etapas propostas por Minayo. A pesquisa seguiu as normas e diretrizes propostas pela Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade Pernambucana de Saúde sob o parecer número 2.624.085 e CAAE 87127718.4.0000.5569. A coleta de dados só teve início após compreensão dos objetivos da pesquisa por parte de todos os participantes e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos mesmos. Resultado: Os resultados desta dissertação são apresentados sob a forma de três produtos educacionais, a saber, um artigo científico, um relatório técnico para a IES com os resultados da pesquisa e um guia sobre a integralidade na saúde para estudantes e profissionais de saúde. Sete estudantes do sexo feminino participaram do grupo focal. A média de idade das participantes foi 23,4 anos; 6 eram solteiras e apenas 1 casada, nenhuma tinha filhos e todas residiam em Caruaru no momento da coleta de dados. Quatro eram católicas, 2 evangélicas e 1 afirmou não ter religião. Nenhuma estudante exercia atividade laboral durante a graduação Os estudantes entrevistados têm conhecimento acerca da integralidade na saúde, não apenas no seu conceito básico, mas incorporando o seu amplo sentido no cuidado aos pacientes. Conclusão: Houve resultados satisfatórios quanto à vivência e incorporação da integralidade na formação dos estudantes de fisioterapia, porém, por se tratar de uma pesquisa de natureza qualitativa e pequeno número de participantes, sugerem-se pesquisas com outras Instituições públicas e privadas do Brasil que ofertam o curso de fisioterapia.

Publicado

26-09-2019