IMPACTOS DO MOVIMENTO ESTUDANDIL NA FORMAÇÃO EM SAÚDE

Autores

  • José Félix de Brito Júnior Universidade Federal da Paraíba- UFPB
  • Geísa Dias Wanderley Universidade Federal da Paraíba- UFPB
  • Luciana Maria Pereira de Sousa Universidade Federal da Paraíba- UFPB
  • Erika Karla Gomes Araújo Universidade Federal da Paraíba- UFPB
  • Jéssica Roberta de Souza Cavalcante Universidade Federal da Paraíba- UFPB
  • Katia Suely Queiroz Silva Ribeiro Universidade Federal da Paraíba- UFPB

Resumo

INTRODUÇÃO: A discussão sobre o quadrilátero da formação em saúde (ensino, gestão, atenção e controle social), em detrimento ao modelo tecnicista de formação, nasceu de uma grande discussão e reflexão que destaca, entre outras questões, a articulação com o Movimento Estudantil (ME) como ator político nessa construção, considerando seu protagonismo como movimento político de construção de inovações ao ensino e de sentido aos serviços de saúde. Todavia, o ME não se limita a suas organizações estudantis e formais, mas se manifesta na própria dinâmica de criação de interesses e pautas que possam ser capaz de mobilizar os estudantes. Neste sentido, a formação de coletivos composto por estudantes que se preocupam com a formação crítica e política enquanto sujeitos protagonistas capazes de, unidos e organizados, superarem problemas em torno das questões ligadas a saúde vem somando esforços para a consolidação de um Sistema Único de Saúde (SUS) voltado para atender com qualidade e sustentado nos seus princípios, as necessidades dos usuários dos serviços de saúde pública, garantindo a participação social dos sujeitos envolvidos nesse processo. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O Coletivo da Saúde da UFPB vem, desde 2011, se organizando organicamente enquanto ME. É composto por estudantes da graduação com atuação na área da saúde que se reúnem para debater e discutir demandas e necessidades do ME da saúde. Realizam encontros semanais, que podem ser de formação ou organização. Possui como grande combustível a luta e defesa do SUS gratuito, de qualidade, universal e estatal. Através de debates, atos públicos e rodas de conversas e parceria com outros movimentos sociais, busca fomentar a construção e consolidação do SUS, além de ações de enfrentamento as propostas que regridem aos avanços conquistados na saúde pública, como por exemplo, a crescente privatização dos serviços de saúde. IMPACTOS: Como potencialidades, as mobilizações em torno das pautas construídas nos espaços do Coletivo da Saúde apresentam como impacto a autonomia dos estudantes nas articulações setoriais e intersetoriais, de forma a se inserirem em espaços deliberativos com intencionalidade de reforma no sistema de ensino e de cuidado em saúde, preocupados também com a participação nos espaços da gestão e do fortalecimento do controle social. Por outro lado, alguns desafios de organização dificultam o andamento das atividades encaminhadas, entre eles, a falta de tempo disponível devido excessiva carga horária dos cursos da saúde, além disso, é lento o processo de amadurecimento político, que fragiliza a celeridade com que as questões devem ser tratadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O protagonismo dos estudantes no enfrentamento das inquietações e problemas encontrados durante a sua formação, nos cursos de saúde e áreas afins, tem potencializado a participação desses sujeitos na construção política do SUS. O ME é um terreno fértil para impulsionar os estudantes, através das pautas, da ideologia e das bandeiras de luta, um olhar mais ampliado que reconhece que a transformação por uma sociedade mais justa e digna depende do esforço coletivo e da luta em busca de melhorias.