A VISITA DOMICILIAR COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO AMBULATORIAL

Autores

  • Rachel Trinchão Schneiberg Kalid Ribeiro ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Carlos André Gomes Silva Mamede ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Mayra Castro de Matos Souza ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Fleury Ferreira Neto ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • João Amaro Coelho Neto ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Antônio Maurício Rodrigues Brasil ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Luciana Bilitário ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA

Resumo

Introdução: A visita domiciliar consiste na abordagem ou acompanhamento dos usuários no ambiente residencial. O SUS dá suporte a este tipo de ação dentro da atenção primária, realizado principalmente pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Como argumento positivo, a visita domiciliar permite uma maior proximidade dos profissionais de saúde com os usuários permitindo uma maior validação das práticas de saúde ampliando a comunicação entre o paciente e equipe de saúde. Desta forma, observa-se que a visita domiciliar constrói novos pensamentos na produção de saúde e do cuidado procurando resolver, no plano concreto, os problemas vividos pelos usuários. Pensando nos benefícios desta atividade, a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública estimulou os discentes do estágio supervisionado ambulatorial a ida para o domicílio dos usuários para realizar uma série de intervenções vislumbrando uma melhora funcional para além do ambiente do típico do estágio curricular. Descrição: Os discentes matriculados na disciplina estágio supervisionado ambulatorial 1 e 2 escolheram um usuário que frequenta a Clínica Escola de Fisioterapia e realizaram duas visitas: sendo a primeira, para avaliar a presença possíveis problemas de saúde do paciente e; na segunda visita, aplicar a intervenção (um produto, uma cartilha, um manual, orientações de saúde). Durante a primeira visita, o grupo é incentivado a usar ferramentas validadas, bem como, a elaborar o diagnóstico fisioterapêutico com base na CIF. A escolha da intervenção perpassa por uma discussão dentro de cada grupo sendo apoiado por um docente e por um estudante monitor. No momento da segunda visita, os discentes entregaram o produto fazendo a orientação para o melhor uso do produto, bem como, entregaram um material educativo sobre a condição de saúde vivida pelo paciente. Impactos: Estimular os discentes a irem para o domicílio do usuário promove uma reflexão sobre os problemas concretos vividos pelo mesmo sendo capaz de incrementar a comunicação e a intervenção dentro e fora do ambiente ambulatorial. Para o paciente, a atenção ofertada amplifica a promoção da saúde e incentiva um maior comprometimento com o próprio bem-estar. As discussões dentro do grupo serviram para que os discentes possam, de acordo com a vivência de cada um, tomar uma decisão sobre a estratégia de intervenção com base em todos os conteúdos absorvidos até então. Os discentes relataram que a visita domiciliar é uma atividade com alto grau de complexidade e que exige deles conteúdos teóricos práticos, de competências e de habilidades que geram reflexões profundas sobre o ser fisioterapeuta. Considerações: Com base nas intervenções elaboradas, nos relatos dos discentes e na melhora funcional dos usuários, conclui-se que a visita domiciliar é uma atividade que contribui de forma relevante no processo de aprendizado do futuro fisioterapeuta.