CUIDADO DOMICILIAR: PERSPECTIVAS NA EXPERIÊNCIA DO ATENDIMENTO INTEGRAL DO PACIENTE

Autores

  • Bruna Bernardinis UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - UFMS
  • Bruna Lino UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - UFMS
  • Thaisa Rodrigues UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - UFMS
  • Arthur de Almeida Medeiros UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - UFMS

Resumo

INTRODUÇÃO: Aprendemos o cuidado com o paciente desde que entramos na Universidade pela disciplina Saúde e Cidadania (SACI). Esta disciplina tem o intuito de nos mostrar sobre o processo saúde-doença, sobre os determinantes de saúde, sobre o SUS e o processo de trabalho. Neste ano conhecemos um pouco mais sobre o atendimento multiprofissional, e também tivemos nosso primeiro contato com a realidade da comunidade e com o funcionamento de uma UBSF para com pacientes acamados e restritos ao domicílio. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Conhecemos a dinâmica e o processo de trabalho de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) em Campo Grande/MS e descobrimos que boa parte da área está descoberta. Após contato com a equipe foi realizado um levantamento, pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), dos usuários acamados e/ou restritos ao domicílio e que necessitavam de atendimento fisioterapêutico. Após esta etapa iniciamos o acompanhamento da paciente J.C, 83 anos. Foram realizadas visitas domiciliares semanais à paciente durante um semestre, com o objetivo de construir um Projeto Terapêutico Singular (PTS), o qual visa à ação multiprofissional para que o paciente seja atendido de forma humanizada e integral. Nossas visitas não se baseiam apenas na fisioterapia em si, e sim no cuidado do paciente como um todo. O PTS foi coordenado pelas alunas do 5º semestre de fisioterapia e pelo professor da disciplina de SACI V. IMPACTOS: Durante as visitas, a melhora da paciente foi notável, entretanto, ao entrarmos em contato com a realidade, foi possível perceber que a teoria é bem diferente da prática em si. Sentimos dificuldade em integrar o que foi aprendido em sala de aula e levar para o dia a dia, pois houve certa dificuldade da família na adesão para as intervenções propostas, ou seja, faltou um dos pilares do PTS que é a co-responsabilização dos atores envolvidos. A paciente se mostrou interassada o que ajudou de forma considerável na construção do vinculo de confiança. Observamos que a Unidade de Saúde tem relação distante com a paciente, não oferecendo o apoio necessário a ela, fato este que pode ter sido agravado pois a equipe da unidade não está completa, faltam agentes comunitários de saúde e enfermeira. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ressalta-se, a partir da vivência, a importância e a necessidade do vínculo entre a UBSF e os usuários de forma a garantir assistência à saúde que seja integral e resolutiva. Foi possível perceber a falta de comprometimento da equipe, bem como da própria família no processo do cuidado da paciente. Mesmo ocorrendo certo distanciamento da teoria com a prática, ficou claro a necessidade do trabalho em equipe para o desenvolvimento de estratégias para o cuidado.