A PERCEPÇÃO MASCULINA SOBRE AS DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS: UM ESTUDO REALIZADO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NO MUNICIPIO DE PORTO VELHO - RO

Autores

  • Camila Patriota Ferreira FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO
  • Paula Regina Marra de Araújo FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO

Resumo

INTRODUÇÃO: Estudos vêm relatando que as mulheres apresentam maiores possibilidades de desenvolver alguma disfunção de origem sexual em comparação aos homens devido aos valores impostos pela sociedade e a educação diferenciada do gênero masculino. O conhecimento acerca das disfunções é fundamental para que se instaure uma vida sexual saudável entre os casais. Quase 51% das mulheres brasileiras apresentam alguma disfunção sexual, sendo o vaginismo, a dispareunia e a anorgasmia as disfunções sexuais femininas mais diagnosticadas. Pouco mais de 32% dessas mulheres não procura ajuda especializada. O fisioterapeuta vem sendo destacado como um importante integrante da equipe multidisciplinar, contribuindo com resultados positivos no tratamento conservador. OBJETIVOS: Este artigo buscou expor o conhecimento que a classe masculina de uma instituição de ensino superior possui a respeito das disfunções sexuais femininas e também procurou revelar se os participantes consideravam-se capazes de contribuir com o encaminhamento de suas parceiras para a busca por um tratamento adequado. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, quali-quantitativo. Dois questionários foram criados e utilizados ao longo da pesquisa com os indivíduos do gênero masculino. O primeiro era formado por perguntas voltadas à avaliação da percepção masculina em relação ao conhecimento das disfunções sexuais femininas. Já o segundo questionário objetivou verificar se esses indivíduos possuíam ou não algum conhecimento com relação à atuação da fisioterapia uroginecológica e do papel exercido pelo fisioterapeuta na reabilitação das disfunções sexuais ocasionadas nas mulheres. RESULTADOS: 71 voluntários submeteram-se à participar da pesquisa, respondendo os dois questionários. 98% da amostra afirmou ficar preocupado com o bem estar sexual de suas parceiras, 64% confirmou que o sexo não tem sido praticado de forma rotineira na relação, em contrapartida pouco menos da metade afirma que suas parceiras apresentam a mesma vontade sexual quando comparadas aos seus pares. Mais de 90% dos participantes afirmaram que se consideram importantes ao ver possibilidades de ajudar suas parceiras no tratamento de uma disfunção sexual e 60% respondeu não ter conhecimento da inserção da fisioterapia como parte da equipe multidisciplinar. Ao longo da interpretação dos dados, algumas contradições foram reveladas. CONCLUSÃO: Se faz necessário promover meios de divulgação e informar à classe masculina sobre a atuação fisioterapêutica na reabilitação uroginecológica, buscando incentivar e esclarecer para este público que sua ajuda e o apoio podem ser fundamentais para contribuir no tratamento das disfunções sexuais femininas.