AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E FORÇA MUSCULAR DO QUADRÍCEPS EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRUGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

Autores

  • Mara Lílian Soares Nasrala UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Ananizio Lino dos Santos Filho UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Carolina Dias Brilhante UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Jessyca Patrícia Martins UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Luciene Xavier da Silva UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Heverson Jose de Lira UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Marizete Aparecida de Arruda UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Walkiria Shymoya Bittencourt UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Carolina Reveles UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são as principais causas de mortes nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Estima-se que em 2020, as doenças coronarianas aumentarão de 80% a 100% entre homens e mulheres, aumentando consequentemente o número de óbitos. Em Mato Grosso, o Sistema do Datasus registrou no período de 2008 a 2014 em torno de 27.000 internações devido ao infarto agudo do miocárdio. OBJETIVOS: Avaliar a capacidade funcional e força de quadríceps de paciente submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). METODOLOGIA: Foi realizado um estudo do tipo transversal, em um Hospital Geral Universitário. A amostra constou de pacientes com indicação de cirurgia eletiva de revascularização do miocárdio. Para avaliar capacidade funcional foi utilizado o teste de caminhada de seis minutos (TC6M), de acordo com protocolo proposto pela American Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation, no pré-operatório e no 5° dia do pós- operatório. A força do músculo quadriceps foi avaliada através de um dinamometro Microfet Hand Held, em membro dominante na posição sentada no pre-operatório e 5°PO. Os pacientes foram orientados a fazer uma extensão isométrica de joelho, em membro dominante, exercendo esforço máximo por cerca de cinco segundos por três vezes, com intervalo de 30 segundos entre as medições, sendo considerado o maior valor obtido, RESULTADOS: A amostra constou com 27 pacientes elegíveis para o estudo, destes 16 foram excluídos e 11 foram analisados. A média de idade foi de 63,5 ± 10,2 anos, onde 90,9% eram do sexo masculino com tempo médio de hospitalização de 43,0 ± 9,8 dias. Em relação aos fatores de risco para doenças coronarianas apresentadas no pré-operatório 5 (45,4%) eram hipertensos e 6 (54,5%) eram sedentários. Os valores de força muscular do quadríceps no 5° PO não demonstraram diferença significante quando comparados com os valores do pré-operatório. Houve uma redução significativa da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos no 5º PO quando comparada aos valores do pré-operatório. CONCLUSÃO: Conclui-se que os pacientes submetidos a CRM apresentam deficit na capacidade funcional 5º dia de pós-operatório quando comparados aos valores basais, contudo, não apresentam perda de força muscular de quadríceps neste mesmo período de tempo. Porém, sugerimos que outros estudos com uma amostra maior de pacientes sejam realizados, a fim de confirmar os dados encontrados no presente estudo.