IMPACTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES SUBMETIDAS A TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO COM BIOFEEDBACK MANOMÉTRICO

Autores

  • Cristina Diamante UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ- UNIOESTE
  • Letícia Dubay Murbach UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ- UNIOESTE
  • Caroline Danielli UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ- UNIOESTE
  • Marina Zilio UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ- UNIOESTE
  • Karen Andrea Comparin UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ- UNIOESTE
  • Juliana Cristina Frare UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ- UNIOESTE

Resumo

INTRODUÇÃO: A Incontinência Urinária (IU) é definida pela International Continence Society (ICS) como qualquer perda involuntária de urina. É uma patologia que afeta um grande número de mulheres, causando dificuldades não apenas físicas, mas também sociais, psicológicas e de higiene. Devido à sua significância, tornou-se um problema frequente na prática clínica. Diversos métodos fisioterapêuticos exercem importante contribuição para a recuperação da mulher incontinente, dentre eles o biofeedback manométrico que busca melhorar a função da musculatura do assoalho pélvico (MAP) favorecendo sua contração consciente e efetiva e, assim, melhorar a sustentabilidade e a resistência uretral importantes na continência urinária. OBJETIVOS: Analisar a qualidade de vida de mulheres submetidas a tratamento com o biofeedback manométrico. METODOLOGIA: Este estudo foi realizado na Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Foram considerados critérios de inclusão: gênero feminino, apresentar IU, início dos sintomas há pelo menos dois anos, ausência de prolapsos de órgãos pélvicos graves, estar no período da menopausa, ter disponibilidade para participar do tratamento e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Utilizou-se o King´s Health Questionnaire, validado no Brasil, composto por 21 questões, divididas em nove domínios: percepção geral de saúde, impacto da IU, limitações físicas, limitações sociais, relacionamento pessoal, emoções, sono/energia, para avaliar a qualidade de vida, o qual foi aplicado antes e após abordagem terapêutica. As pacientes foram avaliadas e atendidas individualmente duas vezes por semana durante onze semanas com um perineômetro de pressão da marca Quark, modelo Perina® 996-2. A sessão de tratamento foi dividida em três fases: dez minutos de contrações dos músculos do assoalho pélvico (fibras tônicas e fásicas), cinco minutos de descanso para relaxamento da musculatura e dez minutos realizando contrações novamente, totalizando vinte e cinco minutos de atendimento. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. RESULTADOS: Participaram do estudo 7 mulheres, com idade média de 61,14 (± 10, 6) anos. Foi observada melhora significativa na qualidade de vida das participantes em oito (88,89%) domínios avaliados, exceto sono e energia. CONCLUSÃO: Conclui-se que a fisioterapia uroginecológica, através da técnica de biofeedback manométrico, minimiza os déficits físicos e contribui para melhora da qualidade de vida em mulheres incontinentes.