VENTILAÇÃO PRONA EM PACIENTES COM SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO

Autores

  • Iane Andrade de Brito Chaves CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN
  • Shara Sintia Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN
  • Adriene Fernandes da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN
  • Suzana do Nascimento Dantas da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN
  • Catharinne Angélica Carvalho de Farias CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN
  • Francisco Assis Vieira Júnior CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN
  • Valeska Fernandes de Souza CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN
  • Eduardo Henrique Cunha de Farias CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN

Resumo

INTRODUÇÃO: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) é uma doença caracterizada pelo extravasamento de líquido para o interior dos alvéolos e interstício, com consequente formação de edema pulmonar, levando a grandes áreas de desequilíbrio na relação ventilação-perfusão (V/Q), diminuição da complacência pulmonar e o aumento do shunt. Mais recentemente, a posição prona mostrou a sua utilidade, provando ser capaz de melhorar a oxigenação em pacientes com a Síndrome do Desconforto Respiratório Aguda. OBJETIVOS: A presente revisão literária objetiva aprofundar os conhecimentos sobre os efeitos fisiológicos que a ventilação prona tem sobre os pacientes com SDRA e os motivos pelos quais levam a técnica a ser escolhida para tratar esses pacientes. METODOLOGIA: O estudo realizado foi uma revisão sistemática. Os critérios para a inclusão dos artigos na revisão foram: artigos sobre Ventilação Prona, publicados desde 2000 até 2014; abordagem do tema em humanos. Os critérios de exclusão foram: artigos que relatavam o tema em animais. Os descritores utilizados na pesquisa foram: Ventilação Prona, SDRA e UTI, pela base de ciências da saúde, nos idiomas português e inglês e foram coletados 20 artigos encontrados sobre a temática em questão onde foram utilizados 18 artigos e 2 excluídos por não tratar sobre o tema. RESULTADOS: Ao colocar o paciente em ventilação na posição prona, a região dorsal não sofre mais ação do peso pulmonar, de modo que se torna mais expandida, pois a parede torácica dorsal é menos complacente do que a parede do tórax ventral. O efeito global do posicionamento em decúbito ventral é para diminuir a conformidade total de parede torácica. A distribuição da pressão transpulmonar torna-se mais homogênea comparada à posição supina, pois a variação da pressão pleural entre a região dependente e a não dependente é menos acentuada. O edema leva ao aumento do peso do pulmão e como consequência, às regiões dorsais dos pulmões entram em colapso devido o peso das regiões ventrais, e o conteúdo de gás das regiões dorsais extravasam o alvéolo. A indicação para a posição prona é a oxigenação, sendo contra-indicada em casos de queimaduras, ferimentos na face ou região ventral do corpo, instabilidade da coluna vertebral, PIC, arritmias graves, hipotensão severa, presença de cateteres e drenos torácicos. Acontece a redistribuição da ventilação alveolar e da perfusão e na complacência pulmonar, dentre outros benefícios. CONCLUSÃO: A SDRA é uma doença com alto índice de mortalidade nas unidades de terapia intensiva e a posição prona é uma técnica que é aplicada com o objetivo de melhorar a oxigenação. No entanto, sua eficácia em diminuir a mortalidade em pacientes com SDRA ainda não está bem esclarecida.