EDUCAÇÃO EM SAÚDE E SUA INFLUÊNCIA NA VIDA DOS AGENTES DE COMBATE A ENDEMIAS

Autores

  • Diego da Silva Machado UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Eloína de Matos Fonseca UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Karina Morais Carvalho UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Suzi Rosa Miziara Barbosa UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

Resumo

INTRODUÇÃO: Os agentes de Combate a Endemias (ACE) são profissionais que atuam diretamente no combate de doenças com potenciais endêmicos promovendo a prevenção e promoção de saúde. No ano de 2010, os ACE foram incorporados às atividades da Atenção Básica com o objetivo de fortalecer as ações de vigilância em saúde. Logo esse importante profissional fortalece a equipe de Saúde da Família atuando em conjunto, e assim diminuindo os índices crescentes das epidemias no município de Campo Grande - MS. Apesar da importância destes trabalhadores, há uma escassez literária quanto a esses profissionais, resultando no desconhecimento do processo de trabalho, dos riscos e, sobretudo, do processo saúde-doença. Este projeto orienta o processo de ensino-aprendizagem e fortalecer o elo ensino-serviço-comunidade.Desta maneira, se fez necessário investir em promoção e prevenção dos agravos para estes trabalhadores por meio de uma equipe multidisciplinar. Assim, tornam-se perceptíveis os principais motivos relacionados ao absenteísmo, à dinâmica do processo de trabalho e às possíveis causas de comorbidades decorrentes do trabalho. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A metodologia da educação em saúde esta sendo realizada por meio de orientações que visam a melhor qualidade de vida. Inicialmente, foram feitos acompanhamentos da rotina de trabalho para identificação dos principais problemas.Atualmente, essas ações estão sendo realizadas e abordam assuntos como: ergonomia no trabalho (com incentivo da ginástica laboral diária); identificação dos fatores de risco das doenças crônicas não-transmissíveis, por meio de avaliação antropométrica e do consumo alimentar; educação nutricional; orientações sobre automedicação; doenças relacionadas ao trabalho e higiene ocupacional. No final do projeto, será entregue uma cartilha com todas as orientações realizadas nas ações. IMPACTOS: O processo de educação na área da saúde pode ser representado pelas mais diferentes atividades, as quais estão interligadas a partir de ações de educação correspondentes aos estímulos na busca por atrair o indivíduo a participar do processo de educação, seguido de formas práticas de aquisição e formação de hábitos em prol da assimilação, construção e reconstrução de experiências. Os mecanismos de orientação, didática e terapêutica também fazem parte de um enfoque entre os métodos de transmissão e veiculação de conhecimentos. As intervenções estão em andamento, porém já é notável uma melhor disposição para o autocuidado por meio de relatos sobre a continuidade da ginástica laboral e outras atividades durante a jornada de trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, o projeto aponta para a necessidade de uma intervenção que estimule a participação dos trabalhadores como agentes de mudança. Espera-se que outras vertentes de proteção à saúde sejam adquiridas como hábitos na vida destes trabalhadores, pois estes são os sujeitos ativos no processo saúde-doença, cabendo à equipe multidisciplinar direcioná-los para estas condutas.Cabe uma reflexão sobre o estilo de vida dos agentes de combate a endemias, já que estão constantemente expostos a diversos fatores estressantes. Sugere-se a prática de atividade física regular nesta população, mais tempo para descanso e lazer, e tolerância a mudanças no cotidiano, visto que estes fatores se mostram associados positivamente a baixos níveis de estresse, contribuindo para minimizar o estresse nestes indivíduos."