PORTFÓLIO COMO FERRAMENTA METODOLÓGICA FACILITADORA DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA CIÊNCIA DO MOVIMENTO, FUNCIONALIDADE E SAÚDE DO CURSO DE FISIOTERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Rúbia Mariano da Silva UNIEVANGELICA
  • Viviane Lemos Silva Fernandes UNIEVANGELICA
  • Fabiane Alves Pereira UNIEVANGELICA
  • Elisângela Schmitt Mendes Moreira UNIEVANGELICA

Resumo

INTRODUÇÃO: A disciplina em que foi aplicado o portfólio como ferramenta facilitadora do processo ensino aprendizagem é a Ciência do Movimento, Funcionalidade e Saúde. Esta disciplina desde 2014-1 é a junção de 3 disciplinas, do currículo do curso de graduação em Fisioterapia da UniEVANGÉLICA, a saber: Biofísica, Cinesiologia e Biomecânica e Cinesioterapia, com uma carga horária de 180 horas, divididas em prática e teórica. Foi instituído como Metodologia de ensino o portfólio. Para Gomes, et al, 2010 (apud, Alves, 2005) o portfólio é uma compilação dos trabalhos relevantes, após um processo de análise crítica e devida fundamentação, com capacidade de promover o desenvolvimento da autorreflexão, permitindo ampliar a visão crítica do estudante quanto à sua formação. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: As normas utilizadas para elaboração do portfólio foram: • Escrito à mão: Estimular a leitura, a escrita, a capacidade de síntese e a autorreflexão; • Elaboração antes das aulas: conhecimento prévio do conteúdo, tornando-o mais participativo e capaz de sanar dúvidas durante a aula teórica, que é expositiva e dialogada e aulas práticas. IMPACTOS: Foram distribuídos aos alunos um questionário semiestruturado, elaborado pelas autoras, contendo questões como: Você cumpriu as normas de elaboração do portfólio? O portfólio auxiliou na compreensão do conteúdo? O portfólio serviu como ferramenta de aprendizagem? O portfólio foi suficiente para se preparar para as provas? Além dessas questões foi reservado um espaço para que o acadêmico pudesse expor os pontos positivos e negativos dessa ferramenta, dando um caráter qualitativo para a pesquisa. 44% dos alunos cumpriram totalmente as normas de elaboração do portfólio, 47% cumpriram parcialmente e 9% não cumpriram as normas. Para 52,2% dos acadêmicos, o portfólio auxiliou totalmente na compreensão dos conteúdos teóricos e práticos, 44,4% relatam que contribuiu parcialmente para compreensão do conteúdo e 3,4% referem não ter contribuído. Como ferramenta de estudo, 65,5% referiram que serviu totalmente, 30% parcialmente e 4,5% acharam que o portfólio não serviu como ferramenta de estudo. 61,1% dos alunos mencionaram que o portfólio foi totalmente suficiente para se preparem para as provas, 27,7 parcialmente, enquanto 11,2% relatam não ter contribuído para preparação das provas. Em uma análise qualitativa, os pontos fortes foram: boa ferramenta de estudo, nota extra, revisão de conteúdo, leitura prévia, fixação de conteúdo, auxilia a tirar dúvidas, o conteúdo fica mais fácil de ser entendido, maneira fácil de estudar o conteúdo, aprendizado extra, o conteúdo é mais aprofundado, organização do estudo, facilita o aprendizado, incentivo ao estudo diário, estimula a responsabilidade. Os pontos fracos apontados foram: muito tempo para elaboração do portfólio, não sobrando tempo para outras disciplinas; muito conteúdo; cansaço; vale pouco ponto e se não é feito como proposto, há um acúmulo de conteúdo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para a maioria dos acadêmicos a utilização do portfólio como ferramenta metodológica do processo ensino aprendizagem atingiu os objetivos esperados. É preciso passar a responsabilidade do processe ensino aprendizagem para o acadêmico, já que hoje os docentes não são apenas um transmissor de conhecimento e sim um facilitador do processo, cabendo ao alunos se responsabilizar-se também por esse processo e o portfólio tem esse papel.