PORTFÓLIO REFLEXIVO COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA: UM RELATO ACADÊMICO DA FISIOTERAPIA NA COMUNIDADE

Autores

  • Rosa Camila Gomes Paiva CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Juliana Nunes Abath Cananéa CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Juliana da Costa Santos Pessoa CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Rachel Cavalcanti Fonseca CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Rafaela Gerbasi Nóbrega CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Rawlla Eriam Oliveira Costa Aversari CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Andréa Carla Brandão da Costa Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Mariana de Brito Barbosa CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

Resumo

INTRODUÇÃO: No Brasil, o novo paradigma de ensino proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos da área de saúde se apóia no pressuposto de mudança do processo de ensino-aprendizagem, dando protagonismo aos discentes. A partir disso, as DCN desafiam as formas engessadas tradicionais de metodologias visando à formação de profissionais-cidadãos engajados na luta pela recuperação da dimensão essencial do trabalho em saúde: a produção de cuidados em resposta às necessidades emergentes que surgem no território. Sendo assim, utilizar metodologias ativas e inovadoras significa apostar em uma educação que desenvolva processos críticos de aprendizagem, que desperte a criatividade, a proatividade, o trabalho em equipe, que apresente as situações reais para serem resolvidos, ou seja, uma formação que se aproxime tanto quanto possível da vida cotidiana e dos problemas reais. Necessita-se, portanto, a utilização de novos instrumentos pedagógicos que permitam alcançar competências importantes para o exercício acadêmico e profissional. Nesse contexto, o portfólio coletivo surge então como um método orientado especialmente à mudança de aptidões e atitudes, articulando os âmbitos afetivos, emocionais e vivenciais dos sujeitos com aqueles relacionados aos conhecimentos, capacidades e habilidades, favorecendo a cooperação e a interação social entre estudantes-estudantes; professores-estudantes, estudantes-usuários, vivendo e experimentando as dificuldades do trabalho em equipe. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O portfólio reflexivo foi adotado pelas docentes do Estágio Supervisionado I - Fisioterapia na comunidade como instrumento de reflexão das atividades desenvolvidas no território adscrito nas seis Unidades de Saúde da Família (USF) no município de Cabedelo-PB. Inicialmente houve uma aula para explicar a sua construção explorando principalmente: criatividade; reflexão sobre a prática; sínteses e trabalho em equipe. Posteriormente, os alunos iniciaram a construção coletiva do material, abordando todas as atividades desenvolvidas neste campo de estágio, destacando-se: visita domiciliar; discussões de artigos; atendimento domiciliar; atividades educativas em palestras, rodas de conversas, panfletos (na USF, na comunidade, associações, igrejas, fábrica de granito, escolas e creches); bem como reconhecimento do território e o seu perfil epidemiológico e demográfico. A cada dia de estágio, os discentes relatavam as atividades desenvolvidas e ao final registravam uma reflexão, permitindo a todo momento a ação-reflexão-ação. No final de cada estágio, o grupo de estágio entregava ao seu supervisor, para análise e correção deste material, e logo após, era devolvido, a fim de continuar o relato. IMPACTOS: Ao final do semestre, observou-se que os alunos obtiveram uma melhora na escrita dos relatos, bem como: foram mais criativos, sugeriram mudanças e trouxeram reflexões sobre a prática vivida, facilitando a compreensão do componente e do fazer fisioterapia na Atenção Básica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ressalta-se o papel do portfólio como ferramenta do trabalho em equipe, à potencialização do pensamento crítico e reflexivo, bem como, a troca de conhecimentos e experiências, constituindo-se em pontos de partida para as reflexões individuais e coletivas dos discentes, aos desafios impostos à implementação de uma política de saúde universal, equitativa e integral.