MOBILIDADE E QUEDAS DE IDOSOS PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE FISIOTERAPIA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

Autores

  • Vanessa Tiemi Haro Universidade Estadual Paulista - UNESP
  • Juliana Rosini da Silva Universidade Estadual Paulista - UNESP
  • Mariane Fátima da Silva Araújo Universidade Estadual Paulista - UNESP
  • Sandra Regina da Silva Universidade Estadual Paulista - UNESP
  • Alessandra Lemes Barcala Soléra Universidade Estadual Paulista - UNESP
  • Maria Rita Masselli Universidade Estadual Paulista - UNESP
  • Renilton José Pizzol Universidade Estadual Paulista - UNESP
  • Eliane Ferrari Chagas Universidade Estadual Paulista - UNESP

Resumo

INTRODUÇÃO: Cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano e essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos como consequência do declínio do sistema sensorial e motor que prejudicam a mobilidade, equilíbrio e controle postural. A prática de exercícios físicos e atividades de prevenção promovem maior segurança e independência para essa população. OBJETIVOS: Avaliar a mobilidade e quedas de idosos participantes de um programa de fisioterapia na Estratégia de Saúde da Família (ESF). METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo transversal composto por 10 indivíduos sendo oito mulheres e dois homens, com idade de 65,8 + 12,2 anos. Todos participavam do programa preventivo de exercícios realizado na ESF do Belo Horizonte do município de Presidente Prudente-SP, atendidos pelo Serviço de Residencia em Fisioterapia da FCT/UNESP. A avaliação foi por meio de questões abertas sobre quedas e suas consequências, a prática de exercício físico em conjunto com teste Time Up and Go (TUG). Foi realizada estatística descritiva das variáveis coletadas. RESULTADOS: De acordo com os dados coletados, nenhum deles utilizava dispositivos para auxílio na marcha e apenas um apresentou quedas nos últimos seis meses, sendo que não relatou problemas ou consequências decorrentes do episódio. Em contrapartida, 9 participantes relataram ter medo de cair e dentre eles, 6 disseram quase caíram. O teste TUG considera que a realização em até 10 segundos é o tempo normal para adultos saudáveis, independentes e sem risco de quedas; valores entre 11-20 segundos é o esperado para idosos com deficiência ou frágeis, com independência parcial e com baixo risco de quedas e, acima de 20 segundos sugere que o idoso apresenta déficit importante da mobilidade física e risco de quedas. A média obtida pelos participantes foi de 8,68±2,2 segundos, no qual 9 participantes realizaram em menos de 10 segundos e apenas 1 realizou em 14 segundos, sendo ele o mais idoso. Com relação à prática de exercício físico, todos realizaram, em média 3 vezes na semana tanto com exercícios em grupo e/ou caminhadas. CONCLUSÃO: Não há parâmetros de comparação, porém o perfil da população avaliada foi de idosos entre 54 e 90 anos, praticantes de atividade física regular, com boa velocidade da marcha. Assim, a maioria dos participantes atendidos pelo serviço de fisioterapia na ESF apresentou baixo risco de quedas. A prática de atividades físicas e a boa velocidade da marcha, segundo diversos autores, são substanciais para manter uma capacidade funcional e com menor probabilidade de quedas, possibilitando uma vida saudável e com mobilidade.