PERFIL DA CONDIÇÃO DE SAÚDE DE PESSOAS COM ÚLCERA VENOSA NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores

  • Cristina Katya Torres Teixeira Mendes Universidade Federal Do Rio Grande do Norte-UFRN
  • Amanda Jéssica Gomes de Souza Universidade Federal Do Rio Grande do Norte-UFRN
  • Rhayssa de Oliveira e Araújo Universidade Federal Do Rio Grande do Norte-UFRN
  • Samilly Márjore Dantas Liberato Universidade Federal Do Rio Grande do Norte-UFRN
  • Quinidia Lúcia Duarte de Almeida Quithé de Vasconcelos Universidade Federal Do Rio Grande do Norte-UFRN
  • Sandra Maria da Solidade Gomes Simões De Olivei Torres Universidade Federal Do Rio Grande do Norte-UFRN
  • Isabelle Katherinne Fernandes Costa Universidade Federal Do Rio Grande do Norte-UFRN
  • Gilson de Vasconcelos Torres Universidade Federal Do Rio Grande do Norte-UFRN

Resumo

INTRODUÇÃO: A Úlcera Venosa (UV) é uma lesão crônica dos membros inferiores e devido sua elevada incidência e recorrência, implica em tratamentos longos e complexos, prejudicando a Qualidade de Vida (QV) do paciente. No Brasil, a UV constitui-se num sério problema de saúde pública, pois acomete a população de forma geral, independente de sexo, idade ou etnia. Atualmente, é notória a preocupação crescente da população em ter uma vida saudável, principalmente, devido ao desejo das pessoas em melhorar sua QV. Isso reflete no aumento da expectativa de vida, até mesmo em indivíduos que possuem alguma doença crônica. OBJETIVOS: o objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil da situação de saúde de pessoas com UV atendidas na atenção básica. METODOLOGIA: Estudo transversal, analítico, com abordagem quantitativa realizado com 44 pessoas com UV atendidas em 13 Unidades de Saúde da Família e 2 Unidades Mistas de Natal/RN. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), CAAE: 07556312.0.0000.5537. Realizou-se a coleta de dados de fevereiro a abril de 2014 e utilizou-se três instrumentos: um formulário estruturado abrangendo as variáveis sociodemográficas, assistenciais e clínicas. Os dados coletados foram inseridos num banco de dados e processados em software informatizado para as análises descritivas e inferenciais. RESULTADOS: Os resultados apresentaram predominância do sexo feminino (65,9%), com mais de 60 anos (59,1%), casados ou em união estável (52,3%), baixa escolaridade (86,4%), sem ocupação (68,2%) e com renda inferior a um salário mínimo (81,8%). Quanto às características assistenciais observou-se que a maioria dos pacientes realizava o curativo com material adequado (72,7%), com profissional ou cuidador treinado (61,4%), não fazia uso de terapia compressiva (81,8%), tratando a lesão há mais de 6 meses (77,3%), ausência de orientações para o uso de terapia compressiva, elevação de membros inferiores e exercícios regulares (77,3%) e consulta ao angiologista no último ano (52,3%). Quanto aos aspectos clínicos da lesão, verificou-se que a maioria das lesões são recidivantes (77,3%), com mais de um ano de lesão atual (52,3%), lesões médias a grandes (54,8%), sem sinais de infecção (61,3%) e com presença de dor (79,5%). CONCLUSÃO: Conclui-se que o tratamento da UV é longo e complexo e exige uma atenção integral à saúde desta população com a participação de uma equipe multiprofissional com médico, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo e outros. Essa participação é importante, pois cada um assume um papel relevante, que possibilita promover a cicatrização e melhoria da qualidade de vida das pessoas com UV.