PROJETO INTEGRADOR PASSO A PASSO: IMPLANTAÇÃO DO DIÁRIO DE CAMINHADA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Autores

  • Aryane Cristina Rodrigues Gama CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
  • Cinthia Kelly Campos de Oliveira Sabadini CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
  • Luana Lima Felix CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
  • Natália Bernardina Oliveira Ferreira Magela CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
  • Nathália Luiza de Oliveira Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
  • Nayara Cristina do Nascimento CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
  • Rinária Luana Aparecida Pereira Araújo CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
  • Ruiter de Souza Faria CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS

Resumo

Introdução: A capacidade funcional do indivíduo pode ser definida como sua capacidade de realizar atividades básicas de vida diária como banhar-se, locomover-se, vestir-se, realizar transferências no leito, ter continência, alimentar-se e desenvolver atividades instrumentais de vida diária. No entanto, a restrição do paciente ao leito em ambiente hospitalar, favorece o declínio da mobilidade, e consequentemente, sua independência funcional. A hipomobilidade desencadeia alterações estruturais do sistema musculoesquelético, diminuição da força muscular, diminuição do equilíbrio, déficit da mecânica diafragmática e da performance cardiorrespiratória, além de favorecer o surgimento de lesões por pressão devido ao posicionamento prolongado no leito e aumento do tempo de internação. Descrição: Projeto integrador realizado pelos alunos do 10º período do Curso de Fisioterapia, sob supervisão docente, entre março e abril de 2019, no campo de estágio hospitalar, com o objetivo de avaliar a mobilidade por meio da Escala de Mobilidade-IMS, aplicar o diário de caminhada e estimular a interação e participação dos acompanhantes no processo da mobilização do paciente internado. Inicialmente, foi elaborado o projeto para apreciação do Núcleo de Educação Permanente e Direção Hospitalar e, após aprovação, apresentado a equipe multiprofissional, seguido pela confecção das fichas de avaliação, termo de consentimento livre e esclarecido, cartilhas e demarcação do corredor de 90 metros em linha reta. Foram incluídos no projeto pacientes internados nas enfermarias, sem déficit cognitivo e/ou comorbidades, que aceitaram participar do projeto e que apresentavam escore de mobilidade entre 7-10. Foram excluídos do projeto pacientes com instabilidade hemodinâmica, disfunções osteomusculares, cadeirantes, em isolamento de contato, em suporte ventilatório e/ou contraindicação médica registrada em prontuário. Os pacientes foram avaliados as terças feiras e reavaliados as quintas feiras, semanalmente. Aqueles que apresentaram escore menor que 7 receberam uma cartilha com informações referentes a mobilização e transferência no leito. Os pacientes com escore maior ou igual a 7 receberam o diário de caminhada, cujos dados foram analisados em cada encontro, observando a distância percorrida, tempo de atividade e sinais e sintomas referidos. Ao receber a alta hospitalar, os pacientes foram orientados a depositar o diário nas urnas localizadas nos postos de enfermagem do respectivo setor. Dos 51 pacientes avaliados, 27 pacientes foram excluídos, 08 pacientes se recusaram a participar e 16 pacientes aderiram ao projeto. Dentre os participantes, apenas 05 pacientes entregaram o diário de caminhada. Embora tenha sido observada baixa adesão e assiduidade, foi relatado pelos pacientes melhora clínica e sensação de bem-estar, além de favorecer a socialização. Impactos: O projeto propiciou aos alunos o aprofundamento sobre o tema na área da Fisioterapia Hospitalar, aprimorando a capacidade de interpretação e análise crítica, desenvolvimento de habilidades para o trabalho em equipe e em educação em saúde, além de favorecer o incentivo à pesquisa, contribuindo para formação profissional. Considerações: Faz-se necessário a continuidade do projeto, com o intuito de estratificar o perfil de pacientes internados, comparar os escores de funcionalidade e mobilidade a admissão e alta, além de minimizar os efeitos do imobilismo e reduzir o tempo de internação, contribuindo satisfatoriamente com a gestão hospitalar.