PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E QUALIDADE DE VIDA DE HIPERTENSOS USUÁRIOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE MACAPÁ, AMAPÁ

Autores

  • Jéssica Andréa Silva das Chagas Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Ariely Nunes Ferreira de Almeida Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá

Resumo

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônico-degenerativa de natureza multifatorial, caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue (Pressão Arterial Sistólica ?140 mmHg e Pressão Arterial Diastólica ?90 mmHg), de alta prevalência nacional e mundial, que compromete de forma significativa a funcionalidade cotidiana e a qualidade de vida (QV) de seus portadores. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico e avaliar a QV de hipertensos assistidos pela Unidade Básica de Saúde da UNIFAP, Macapá/AP. Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo, quantitativo, realizado em 2015, no qual foram utilizados um formulário para registro dos dados sociodemográficos /clínicos e o Questionário Genérico de avaliação da QV, o SF-36. O estudo foi aprovado pelo CEP-UNIFAP sob parecer nº 990.060. Resultados: Dos 49 hipertensos avaliados, houve predomínio do sexo feminino (77,6%), pardos (61,2%), faixa etária 43 a 53 anos (28,6%), casados (28,6%), escolaridade até o ensino fundamental incompleto (38,8%), assalariados (44,9%), renda de 1 a 2 salários mínimos (53,1%). A maioria dos pacientes tinha de 1 a 5 anos de diagnóstico da doença (46,9%), antecedência familiar de HAS (83,7%), sedentarismo (65,3%), estresse (53,1%) e obesidade (34,7%) como fatores de risco predominantes. Entre as complicações da doença, se destacaram o Acidente Isquêmico Transitório (16,3%) e os problemas renais (14,3%). 75,5% deles fazia uso de medicações, principalmente Losartana. Apenas 10,2% praticava atividade física como terapia e 36,7% fazia dieta balanceada. A maioria apresentou Hipertensão Estágio I (32,7%) e Obesidade I (28,6%). Quanto à QV, os escores médios dos oito domínios avaliados foram: Dor (56,2), Aspectos Físicos (58,7), Estado Geral de Saúde (59,6), Vitalidade (64,3), Saúde Mental (69,3), Aspectos Emocionais (70,8), Capacidade Funcional (72,9) e Aspectos Sociais (83,8). Conclusão: Numa avaliação geral, os hipertensos apresentaram uma percepção positiva da QV, uma vez que, escores mais próximos de 0 significam um “pior resultado” e mais próximos de 100 “o melhor resultado”. Aspectos sociodemográficos, clínicos e de QV devem ser considerados no planejamento da assistência desses pacientes, para que realmente se atenda, holística e multidisciplinarmente, todas as suas dimensões de saúde.