A experiência do bacharel em Saúde Coletiva no Sistema Único de Saúde (SUS): contribuições para refletir sobre o trabalho na saúde em tempos de crise
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p161-172Resumo
O artigo narra experiências de trabalho de bacharéis em saúde coletiva, servidores da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul no período próximo à posse, como resultado da aprovação no concurso público realizado no ano de 2014. Tratava-se de uma situação inédita, visto que os primeiros egressos do curso são do ano de 2011, e a narrativa apresentada neste artigo pretende contribuir para o debate sobre a formação e o trabalho desses profissionais e compor um registro da experiência inicial. Nessa experiência busca-se situar o momento social, político e econômico vivenciado no Estado e seus reflexos para o trabalho em saúde. Há uma tentativa de descrever os momentos experienciados e as contribuições da formação para o Sistema Único de Saúde. Sabe-se que o modelo de formação generalista e o processo de formação de sanitaristas no âmbito da graduação traz muitos questionamentos acerca das possibilidades desse profissional no campo do trabalho. Deste modo, o artigo busca potencializar a discussão sobre a formação de bacharéis em Saúde Coletiva, mas, sobretudo, promover o debate sobre contribuições dessa formação para se alcançar o conceito ampliado de saúde e a efetivação de políticas públicas de saúde mais equânimes e que agregam a discussão política e social à saúde.Referências
Silva MOS. Pobreza, desigualdade e políticas públicas: caracterizando e problematizando a realidade brasileira. Rev. Katál. Florianópolis v. 13 n. 2 p. 155-163, 2010.
Teixeira CF. Graduação em Saúde Coletiva: antecipando a formação do Sanitarista. Interface - Comunic, Saúde, Educ, v7, n13, p.163-6, ago 2003.
Paim JS, Pinto ICM. Graduação em Saúde Coletiva: conquistas e passos para além do sanitarismo. Rev Tempus Actas Saúde Col, 13-35, 2013.
Fleury S. Revisitando “a questão democrática na área da saúde”: quase 30 anos depois. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v.33, n.81, p.156-164, 2009.
Bosi MLM, Paim JS. Graduação em Saúde Coletiva: limites e possibilidades como estratégia de formação profissional. Ciência & Saúde Coletiva, 15(4):2029-2038, 2010.
Bosi MLM, Paim JS. Graduação em saúde coletiva: subsídios para um debate necessário. Cad.Saúde Pública 2009; 25(2):236-237.
Bosi MLM, Paim JS. Graduação em Saúde Coletiva: subsídios para um debate necessário. Cad. Saúde Pública [online]. 2009; 25(2): 236-237.
Tognetta LRP, Vinha TP. Valores em crise: o que nos causa indignação? In: La Taille Y, Menin MSS. Crise de Valores ou Valores em crise? Porto Alegre: Artmed 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Síntese de Evidências para Políticas de Saúde: estimulando o uso de evidências científicas na tomada de decisão. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Vieira-da-Silva LM, Almeida Filho N. Equidade em saúde: uma análise crítica de conceitos. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25, S217-S226, 2009.
Freitas LO. Políticas públicas, descentralização e participação popular. R. Katál. Florianópolis, v.18, n.1, p.113-122, 2015.
Barreto ML et al. Sucessos e fracassos no controle de doenças infecciosas no Brasil: o contexto social e ambiental, políticas, intervenções e necessidades de pesquisa. The Lancet, maio-2009.
Ceccim RB.. Inovação na preparação de profissionais de saúde e a novidade da graduação em saúde coletiva. Bol. da Saúde, v. 16, n. 1, 2002.
Buse K, Mays N, Walt G. Making Health Policy. London, Open University Press; 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com os direitos de publicação para o periódico. Este periódico é de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no link a seguir https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR).