Iniciação científica em saúde coletiva: desafios e percalços discentes

Autores

  • Hengrid Graciely Nascimento Silva Universidade Federal do Piauí http://orcid.org/0000-0002-7362-0118
  • Michele Vicente Torres
  • Hilana Francisca Nascimento Silva
  • Wanderson Kenny Gonçalves de Sousa

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2019v5n2p153-163

Resumo

O presente artigo tem como objetivo relatar experiências de iniciações científicas que envolveram a tríade ensino-serviço-comunidade no ambiente da Atenção Primária a Saúde na formação acadêmica baseada na aprendizagem significativa de uma discente do curso de Fisioterapia. O relato se organiza na discussão da elaboração do pré-projeto; protocolos da Plataforma Brasil e Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos (CEP) – algumas das burocracias encontradas na pesquisa científica, aprovação pelo CEP e pelo edital da instituição sendo finalizada com os contextos vividos durante duas iniciações científicas que tiveram o mesmo objetivo geral a ser pesquisado, avaliar o uso de plantas medicinas por idosos com Diabetes Melittus tipo 2 em comunidades diferentes em Teresina-PI e que tiveram dados coletados na sala de espera das reuniões do programa HIPERDIA ou, quando não for possível, no domicílio dos participantes selecionados. As reflexões baseadas nas vivências junto às equipes multiprofissionais da Estratégia de Saúde da Família, da comunidade idosa e manejo das entrevistas nas iniciações científicas, que se deram em circunstâncias distintas e abrangentes, são consideradas como uma forma de aprendizagem significativa que modela o futuro profissional da área da saúde a uma abordagem mais humana ao usuário e que valoriza a pesquisa científica como ferramenta na tomada de decisões nos planejamentos das condutas na Atenção Primária.

Biografia do Autor

Hengrid Graciely Nascimento Silva, Universidade Federal do Piauí

Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Piauí

Referências

Camara, E. K. B. A Cooperação Internacional na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca-ENSP da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): desenvolvimento histórico e panorama atual, 2013 [tese]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; 2015.

Albuquerque, V. S., Gomes, A. P., Rezende, C. D., Sampaio, M. X., Dias, O. V., Lugarinho, R. M.. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança na formação superior dos profissionais da saúde. Rev bras educ méd. 2008; 32(3): 356-62.

Pelizzari, A., Kriegl, M. D. L., Baron, M. P., Finck, N. T. L., Dorocinski, S. I.. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Rev PEC. 2002; 2(1): 37-42.

Mitre, S. M., Siqueira-Batista, R., Girardi-de-Mendonça, J. M., Morais-Pinto, N. M. D., Meirelles, C. D. A. B., Pinto-Porto, C., Hoffmann, L. M. A.. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciên & saúd col. 2008; 13: 2133-44.

Berbel, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciênc Soc e Hum. 2012; 32(1): 25-40.

Tenório, M. D. P., Beraldi, G. Iniciação científica no Brasil e nos cursos de medicina. Rev da Assoc Méd Bras. 2010; 56(4): 390-93.

Braga, K. S.. Aspectos relevantes para a seleção de metodologia adequada à pesquisa social em Ciência da Informação. Métodos para pesquisa em Ciência da Informação. Brasília: Thesaurus. 2007; 17-38.

Barbosa, C. O projeto de pesquisa. 1990; 1-7.

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Reunião sobre ética em pesquisa qualitativa em saúde. Relatório. São Paulo; 2007. [acessado 2017 nov 24]. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/comiteetica/Relatorio_Etica_ em_Pesquisa_Qualitativa_em_Saude.PDF.

Severino A. J. Dimensão ética da investigação científica. Praxis Educativa 2014; 9(1):199-208..

Idade mínima para cadastro na Plataforma Brasil. Carta circular nº. 028/2013, 2013 fev 23.

Sousa V. L., Harayama, R. M., Souza, M. P. R. Apontamentos críticos sobre estigma e medicalização à luz da psicologia e da antropologia. Ciência & Saúde Coletiva. 2015; 20(9): 2683-2692.

Peduzzi, M. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Revista de saúde pública. 2001; 35: 103-109.

Araújo, M. B. D. S., Rocha, P. D. M. Trabalho em equipe: um desafio para a consolidação da estratégia de saúde da família. Ciência & saúde coletiva. 2007; 12: 455-464.

Vieira, R. M. D. M., Pinto, T. R., Melo, L. P. D. Narratives and Memories of Professors of Medicine on Community-Based Education in the Brazilian Northeast. Revista Brasileira de Educação Médica. 2018; 42(1): 142-151.

Mendes, E. V. As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 2010; 15: 2297-2305.

Moura, S. G., Filha, M. D. O. F., Moreira, M. A. S. P., Simpson, C. A., Tura, L. F. R., Silva, A. O. Representações sociais sobre terapia comunitária integrativa construídas por idosos. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2017; 38(2): 1-6.

Carabetta, V. Metodologia da problematização: possibilidade para a aprendizagem significativa e interdisciplinar na educação médica. FEM. Revista de la Fundación Educación Médica. 2017; 20(3): 103-110.

Costa, R. R. O., Medeiros, S. M., Martins, J. C. A., Cossi, M. S., Araújo, M. S. Percepção de estudantes da graduação em enfermagem sobre a simulação realística. Revista Cuidarte. 2017; 8(3): 1799-808.

Downloads

Publicado

2020-01-14

Como Citar

Nascimento Silva, H. G., Torres, M. V., Silva, H. F. N., & Sousa, W. K. G. de. (2020). Iniciação científica em saúde coletiva: desafios e percalços discentes. aúde m edes, 5(2), 153–163. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2019v5n2p153-163

Edição

Seção

Relato de Experiência