Avaliando o uso de metodologias ativas na formação em saúde: História das Instituições e Políticas Públicas de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2019v5n3p93-107Palavras-chave:
metodologias ativas, extensão universitária, instituições de saúde, políticas públicasResumo
O presente trabalho discute o impacto formativo e reflexivo em participantes de um projeto de extensão que buscava, por meio de visitas à instituições históricas de saúde, superar desafios do ensino em saúde. Os objetivos desta pesquisa avaliativa foram: discutir a formação de profissionais para o SUS, problematizando a articulação entre atividades de extensão, as vivências na realidade dos serviços de saúde e os processos de aprendizagem; avaliar o uso de metodologias participativas na formação dos profissionais de saúde; analisar as diferenças dos efeitos das vivências para os alunos de diferentes cursos do campo da saúde; observar se as vivências contribuem para que os elementos históricos sejam relacionados aos campos de atuação; e mapear as principais impressões do encontro com o cotidiano dos serviços e suas histórias. De abordagem qualitativa, para melhor compreensão dos processos subjetivos envolvidos nos processos de aprendizagem utilizamos entrevistas semi-estruturadas, questionário aberto e um grupo focal. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo e agrupados em seis categorias: relação Teoria e Prática; Historicidade das Políticas Públicas; Evolução e Avaliação das Políticas de Saúde; Estigma, Preconceito e Discriminação; Interdisciplinaridade; e Implicação e Empatia. Nossas análises apontam a importância do uso das metodologias ativas para o ensino em saúde, sobretudo para conteúdos mais diretamente sensíveis às questões sociais. Identificamos a importância de extrapolarmos as fronteiras disciplinares e entre os cursos de graduação, fomentando a interação entre alunos dos diversos campos formativos, e a fronteira acadêmica, via extensão, aproximando a universidade e a sociedade.Referências
Akerman, M. & Furtado, J. (Orgs). Práticas de avaliação em saúde no Brasil: diálogos. Porto Alegre: Editora Rede Unida, 2015.
BISCARDE, Daniela; PEREIRA-SANTOS, Marcos; SILVA, Lília. Formação em saúde, extensão universitária e Sistema Único de Saúde (SUS): conexões necessárias entre conhecimento e extensão centradas na realidade e repercussões no processo formativo. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 18, n. 48, p. 177-186, 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832014000100177&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 16 mar. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0586.
CECCIM, Ricardo Burg. Educação Permanente em Saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface - Comunic, Saúde, Educ, v.9, n.16, 2005. p. 161-177. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n16/v9n16a13.pdf>.
Cyrino, L. G.; Pinto, H. A.; Oliveira, F. P.; Figueiredo,
A. M.; Domingues, S.M. Parreira, C.M.S.F. Há pesquisa sobre ensino na saúde no
Brasil? In ABCS Health Sci. 2015; 40(3):146-155. Disponível em http://files.bvs.br/upload/S/2318-4965/2016/v40n3/a5338.pdf . Acessado em 19 de fevereiro de 2019.
Ferla, Alcindo Antônio; Maranhão, Thais; Pinto, Hêider Aurélio. Vivências e estágios como dispositivos da aprendizagem: refletindo sobre o VER- SUS – 1.ed. – Porto Alegre : Rede UNIDA, 2017. Disponível em: http://historico.redeunida.org.br/editora/biblioteca-digital/serie-vivencias-em-educacao-na-saude/vivencias-e-estagios-pdf . Acesso em 17 dez. 2018.
LARROSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf. Acessado em: 15/09/2017.
MACHADO, F. V.. Psicologia Social e Formação de Psicólogos:
Reflexões A Partir de Uma Experiência Docente. Psicologia da Educação
(Impresso), v. 32, p. 141-162, 2011.
MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2006.
Oliveira, Inajara Carla; Cutolo, Luiz Roberto Agea. Percepção dos Alunos dos Cursos de Graduação na Saúde sobre Integralidade. Rev. bras. educ. med. vol.39 no.2 Rio de Janeiro Apr./June 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com os direitos de publicação para o periódico. Este periódico é de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no link a seguir https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR).