Residência de Medicina de Família e Comunidade em uma Unidade Básica de Saúde Tradicional
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n2p305-313Palavras-chave:
Estratégia de Saúde da Família, Saúde Coletiva, Atenção Primária à Saúde, Internato e Residência, Serviços de SaúdeResumo
Introdução: As Unidades Básicas de Saúde (UBS) desempenham papel central na garantia à população à serviços de saúde. Dotar estas unidades de condições para um atendimento de qualidade é um desafio. Relato: Residentes do primeiro ano de Medicina de Família e Comunidade (MFC)da Universidade Federal de Uberlândia foram direcionados em março de 2018 para uma UBS tradicional (constituída por clínico, pediatra e ginecologista). A partir da contratação de preceptoras especialistas em MFC, formou-se outra equipe, de estratégia básica, composta por elas e residentes. Foi feita territorialização e a distribuição de microáreas para cada residente e construídas planilhas com dados dos pacientes. Assim, foi possível conhecer o perfil da população, implementando diversas ações: grupos, visitas domiciliares, organização da agenda por meio do “acesso avançado”. Reuniões com esta equipe propiciaram espaço de educação permanente e formulação de Projetos Terapêuticos Singulares. A população demonstrou satisfação com as mudanças por meio da Ouvidoria de Saúde. Quantitativamente, os atendimentos aumentaram 17%, sendo que o clínico representou 86% do total desse aumento e houve 40% menos exames laboratoriais solicitados Discussão e considerações finais: A Residência de MFC ofereceu condições para alcançar melhorias no acesso e qualidade dos serviços ofertados pela UBS. A experiência foi bem-sucedida e deveria ser estimulada em outros cenários da Atenção Básica. Propõe-se que as esferas governamentais incentivem a seleção de especialistas em MFC para atuarem na APS e promovam transições de UBS tradicionais para equipes com a Estratégia de Saúde da Família.Referências
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