A decisão clínica sob a ótica da “Grande Saúde” em um hospital
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n1p77-90Palavras-chave:
Assistência Integral à Saúde, Integralidade em Saúde, Humanização da AssistênciaResumo
Este artigo busca problematizar a prática de decisão clínica dentro de um hospital. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritivo-exploratória de abordagem qualitativa a partir do método de História de Vida, fundamentada no referencial teórico da Linha de Cuidado Integral e no conceito da Grande Saúde de Nietzsche. Foi realizada uma entrada no campo, e período de observação com a construção de um caderno de campo, associado a entrevistas. Foi observado que as ações em saúde são fragmentadas, principalmente pela falta de vínculo entre o hospital e demais pontos da rede, além da não elaboração de um Projeto Terapêutico Singular para cada pessoa, o que faz o cuidado em saúde oferecido ser predominantemente tecnicista, e biomédico, e as decisões clínicas impositivas. O conceito de Grande Saúde problematiza esta visão do processo saúde-doença e por consequência a prática clínica dele decorrente. Os projetos terapêuticos singulares são um tipo de dispositivo que se forma além do processo normativo, e se incorporados nos processos de trabalho em saúde podem funcionar de modo a favorecer a subjetivação da prática médica permitindo a tomada de decisões que consideram o indivíduo em sua complexidade e rompendo a negação da existência em sua multiplicidade.Referências
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